Manifestantes pedem a demissão do presidente do Governo na Espanha
A taxa de desemprego na Espanha, em 26,9% em maio, seguirá aumentando e chegará a 27,8% no final de 2014, segundo um relatório sobre perspectivas de emprego da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE). Neste contexto, e em meio a denúncias de corrupção, se intensificam manifestações que pedem a demissão de Mariano Rajoy, presidente do Governo espanhol.
NOs protestos da última terça-feira (16), novas manifestações foram convocadas para a quinta-feira (18) contra o governante do Partido Popular (PP). O protesto desta terça foi convocado pela Plataforma de Afetados pela Hipoteca (PAH), que se revolta contra os despejos forçados e na execução das cobranças dos bancos sobre as hipotecas.
O protesto da PAH não é a única, posto que vários movimentos sociais convocaram manifestações para a próxima quinta diante das distintas sedes do PP pelo país, com foco para o pedido de demissão de Rajoy. Algumas cidades para onde estão previstos protestos são Madri, Barcelona, Valencia, Zaragoza, Málaga e La Coruña, entre outras zonas que se unirão à iniciativa.
Não obstante, apesar da demanda do povo espanhol, Mariano Rajoy informou na segunda (15) que não tem intenção de se demitir.
Cenário preocupante
Os resultados publicados mostram que Rajoy não apenas não criou empregos, mas que a atuação do Governo também piorou. Com a previsão para o aumento do desemprego, a Espanha seguirá sendo o segundo país com a maior taxa na OCDE. A Grécia, com 28,2%, está em primeiro lugar.
O relatório da organização também afirma que a Grécia e a Espanha são os países mais afetados no tema entre os que sofrem a crise financeira na Europa, e que a organização está profundamente preocupada com os jovens espanhóis, ao qualificar de “alarmante” o desemprego entre eles, no país. A taxa é de 55% nesta camada da sociedade.
A principal promessa do mandatário espanhol foi um fracasso, assim como outras promessas relevantes, como a reativação da economia para manter os níveis do Estado de bem-estar social, o governo para a maioria (já que a crítica é fundamentalmente o benefício aos bancos e aos setores ricos da sociedade), e acabar com a corrupção.
Além disso, também são motivações de protestos as revelações de corrupção do ex-tesoureiro do PP, Luis Bárcenas, que respingam no presidente do Governo espanhol.
Portal CTB com agências