Manifestantes protestam contra juros altos em Brasília, Salvador e Rio
A política de juros altos defendida pelo Banco Central contra o desenvolvimento do Brasil gerou manifestações, nesta terça-feira (14), em Brasília, Salvador e no Rio de Janeiro.
No Distrito Federal, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) protestou contra a independência do BC, denunciou a “sabotagem” da gestão de Roberto Campos Neto, destacou que com menos juros há mais empregos e clamou por “menos especulação e mais produção”.
No mesmo sentido, na capital fluminense, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos (Sintect-RJ) pediu um basta à política dos juros altos.
Já em Salvador, a manifestação ocorreu em frente à sede do BC, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O ato contou com a participação de dirigentes da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase), do Sindicato da Bahia e também da seção estadual da CTB.
“A política monetária do Banco Central deve estar orientada para impulsionar o desenvolvimento e a geração de empregos. Com uma taxa básica de juros em 13,75% o país terá muitas dificuldades de retomar o crescimento econômico, aumentando a concentração de renda e penalizando o setor produtivo da sociedade”, salientou o presidente dos Bancários Bahia, Augusto Vasconcelos.
O presidente da Feebbase, Hermelino Neto, apontou ainda que Campos Neto é um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem colocando em prática uma política econômica liberal derrotada nas urnas. “Os juros altos só interessam aos bancos, aos credores da dívida pública e ao mercado financeiro, enfim, ao rentismo. Para se ter uma ideia do que isso significa, os quatro maiores bancos do país – Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil – lucraram juntos no ano passado quase R$ 100 bilhões”, denunciou.
“Por isso, estamos aqui para denunciar que o Banco Central na verdade não é independente, pois um banco que trabalha a favor do capital financeiro e contra o povo brasileiro, ele não é independente, ele é subserviente”, acrescentou o presidente da Feebbase.
Neto defendeu a necessidade de medidas que altere esta política de sabotagem do BC, pois o país precisa gerar empregos, distribuir renda e fazer a economia crescer. “Essa taxa de 13,75% é maior do mundo e não interessa ao capital produtivo, nem aos trabalhadores”, finalizou.
Com informações da Feebbase e do Sindicato dos Bancários da Bahia.
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