“Manutenção da Selic em 13,75% prejudica todos os setores da economia”, aponta Alckmin
Juros desnecessariamente elevados inibem investimentos, dificulta o comércio, prejudica a indústria, o setor do agro e aumenta o gasto público, enfatizou o vice-presidente da República
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, criticou nessa quinta-feira (22) a decisão do Banco Central de manter os juros “desnecessariamente” elevados. O Comitê de Politica Monetária decidiu pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,675% ao ano na reunião de ontem.
“Eu queria dizer que essa manutenção da Selic não prejudica apenas a atividade econômica; na medida em que inibe investimento, dificulta o comércio, prejudica a indústria, o setor do agro”, disse. “Mas ela também tem outro impacto, que é do ponto de vista fiscal. Porque quase metade da dívida brasileira é ‘selicada’”, disse em coletiva à imprensa .
Segundo Alckmin, a cada ponto percentual da taxa Selic custa R$ 38 bilhões do serviço da dívida. “A taxa está cinco pontos percentuais acima do que deveria estar, acarretando um custo para o Brasil de quase R$ 200 bilhões”, ressaltou.
“O mundo todo hoje tem juro negativo. A inflação está em queda, o IGPM em queda, os juros futuros em queda. Se a preocupação fiscal é com a dívida, nada pior do ponto de vista fiscal do que isso, porque quase metade da dívida brasileira é selicada”, enfatizou o vice-presidente República e ministro do Desenvolvimento.