MEC cancela 1.287 vagas em Educação Física, Fonoaudiologia e Serviço Social

Os 58 cursos que perderam vagas obtiveram resultados insatisfatórios em avaliações da pasta

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta sexta-feira, 2, o corte de 1.287 vagas de cursos de Educação Física, Serviço Social e Fonoaudiologia que obtiveram conceitos baixos na última avaliação. Ao todo, 58 cursos sofreram suspensão de vagas. As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União.

A redução atinge 33 cursos de Educação Física (1.024 vagas), 16 cursos de Serviço Social (224 vagas) e 9 cursos de Fonoaudiologia (39 vagas).

Essas graduações apresentaram conceito 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), que vai de 1 a 5. O índice foi criado em 2008 e é divulgado anualmente pelo ministério. O CPC serve para medir a qualidade dos cursos de graduação do País.

O indicador é composto por diversos fatores, como as notas dos ingressantes e dos concluintes do curso no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), a titulação do corpo docente e a infraestrutura da instituição de ensino, entre outros elementos avaliados.

O governo já havia anunciado, há menos de duas semanas, que cortaria 50 mil vagas de instituições mal avaliadas. Até o momento já foram suspensas 8.581 vagas em cursos como Medicina, Enfermagem e Odontologia.

Instituições que apresentaram reincidência de CPC insatisfatório em 2007 e 2010 tiveram redução adicional de 30% no número de vagas.

Além do corte, os cursos serão supervisionados pelo MEC. As universidades e centro universitários terão sua autonomia e processos de reconhecimento de cursos suspensos, além de não poderem abrir novas vagas. Já as faculdades terão a suspensão de todos os seus processos em andamento no MEC.

Biomedicina, Fisioterapia e Nutrição: 2.794 vagas

Na quinta-feira, 1.º de dezembro, foram cortadas 1.211 vagas em 74 cursos de Fisioterapia; 811 vagas em 29 cursos de Biomedicina; e 772 vagas em 50 cursos de Nutrição.

Farmácia, Enfermagem e Odontologia: 3.986 vagas

Na terça-feira, 29 de novembro, o ministério cancelou 2.572 vagas em 88 cursos de Enfermagem; 1.107 vagas em 40 cursos de Farmácia; e 307 vagas em 20 cursos de Odontologia.

Medicina: 514 vagas

O primeiro corte ocorreu em 18 de novembro. Neste dia, o MEC anunciou a suspensão de 514 vagas oferecidas em 16 cursos. A Universidade Presidente Antônio Carlos, de Juiz de Fora (MG), foi a instituição que mais perdeu cadeiras: 78 das 120.

Porém, no mesmo dia, o ministério autorizou a criação de três cursos de Medicina – em Barretos, Franca e São Paulo – totalizando 220 vagas. A medida foi criticada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Para o presidente do órgão, Renato Azevedo, “não há justificativa técnica ou social” para autorizar novas faculdades no Estado.

Fonte: Estadão

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