Mercadante afirma que ensino superior teve melhora generalizada nos últimos três anos
O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem (6) o Índice Geral de Cursos (IGC), avaliação anual dos cursos e das instituições de ensino superior brasileiras referente a 2011. Foram avaliados 8.665 cursos que compõem as notas de 1.387 universidades, faculdades e centros universitários. Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, houve uma melhora generalizada no ensino superior nos últimos três anos.
O IGC é um índice que avalia cursos de graduação e pós-graduação (mestrados e doutorados) utilizando para isso a média ponderada do Conceito Preliminar de Curso (CPC), na graduação, e da Nota Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), na pós-graduação.
Em 2011 foram avaliados cursos das áreas de ciências exatas, licenciaturas, além de cursos dos eixos tecnológicos de controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial. Cada área do conhecimento é avaliada pelo IGC de três em três anos.
Segundo dados do IGC, 27% dos cursos não alcançaram desempenho suficiente de acordo com os parâmetros do MEC e tiveram notas 1 e 2. A nota mínima da instituição para participar de políticas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é 3. Caso não alcance a meta, a instituição pode ser punida.
Mercadante considerou que entre 2008 e 2011 houve uma melhora “generalizada” na qualidade dos cursos e instituições. Na avaliação anterior dessas áreas, em 2008, 28,4% das 2.128 instituições avaliadas tiveram notas 1 e 2 e 1% das instituições atingiu nota máxima, 5. Em 2011, esse índice subiu para 1,3%
“A avaliação e os instrumentos de política econômica que acompanham a avaliação, como ProUni e o Fies, fomentaram a melhoria da qualidade de ensino. (…) A conclusão é que houve expressiva evolução do ensino superior em todos os níveis nas universidades, centros universitários e faculdades.”
Segundo Mercadante, o ministério será rigoroso na punição às instituições que se mantiveram em índices considerados insuficientes. O ministro prometeu divulgar as informações das universidades que não atingiram padrões mínimos na próxima semana. “Uma instituição que era 1 e continua 1 é inaceitável. Ponto. No ciclo de três anos, quem está estagnado analisaremos com muito rigor. Tomaremos medidas complementares, elas não só deixarão de ter acesso ao ProUni e ao Fies.”
Além do IGC, também foi divulgado o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que avalia exclusivamente cursos de graduação. O índice considerou 4.403 universidades – sendo 2.642 públicas e 1.761 privadas – além de 2.245 faculdades e 928 centros universitários. Atualmente, 53,9% das matrículas do ensino superior estão nas universidades, 30,9% nas faculdades e 13,7% nos centros universitários. De acordo com o MEC, houve melhora significativa nos cursos de ensino superior.
O CPC avalia o rendimento dos alunos, infraestrutura e corpo docente. A nota considera, por meio do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o desempenho dos alunos, representando 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15% e o corpo docente, 30%. Na nota dos docentes, a quantidade de mestres pesa 15% do total, já dedicação integral e doutores representam 7,5% cada.
Mercadante ressaltou ainda a importância dos concluintes de ensino superior participarem do Enade, instrumento do ministério para avaliar a qualidade dos cursos e instituições de ensino superior públicas e particulares de todo o país. “O Enade é uma forma de valorizar o currículo, o seu diploma no mercado de trabalho. Não é a instituição que ele está punindo [ao boicotar a prova], mas a sua biografia. Se ele fizer uma boa prova, está valorizando seu curso.”
Com informações da Agência Brasil