Mercadante pede apoio da Câmara para vinculação dos royalties para a educação
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu nesta quinta-feira (28), após visita ao presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a aprovação da Medida Provisória (MP) 592 que destina os recursos dos royalties do petróleo para a educação. Mercadante também pediu a Alves prioridade para votações de medidas provisórias e de projetos de interesse da sua pasta como o de formação de professores, que está pronto para ser votado.
A MP ainda está sendo discutida pela comissão mista do Congresso Nacional e tem como relator o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Zarattini foi o relator de projeto de lei, originário do Senado, sobre a distribuição dos royalties. Na véspera da votação, a pedido do governo ele incluiu no seu substitutivo a destinação de parte dos recursos dos royalties para a educação, mas seu projeto foi rejeitado e aprovado o texto do Senado. Como parte do projeto recebeu vetos, o governo editou a MP destinando os recursos para a educação.
“Vim solicitar um olhar especial para alguns projetos do Ministério da Educação que são muito importantes. Primeiro, qualquer que seja a decisão com relação ao veto dos royalties, que haja disposição de discutir com profundidade a vinculação dos recursos dos royalties na educação. Isso vai mudar a historia da educação no Brasil”, disse Mercadante.
“Seguramente é o maior legado que a gente pode deixar para as futuras gerações. Nenhum país se desenvolveu sem educação em tempo integral, sem valorizar os professores, sem ter uma educação integral de qualidade. Nos países desenvolvidos isso é pré-condição”, completou o ministro.
Segundo Mercadante, a proposta original do governo é que 100 % dos royalties das futuras concessões e 50 % dos rendimentos do Fundo Social do pré-sal sejam integralmente destinados à educação nos municípios, estados e União. “Isso é um volume expressivo de recursos e que ainda vai crescer muito este ano. A gente não pode repetir os erros que as grandes potências exportadoras de petróleo cometeram.”
Da Agência Brasil