Mercado de trabalho brasileiro é excludente

Uma análise simples do mercado de trabalho deixa claro o preconceito vivido por negros no país. A informalidade, a subocupação e o achatamento da renda são sentidos mais pela mulher e pelo homem negros. A informação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trata do período compreendido entre o segundo trimestre de 2019 e 2022.

A taxa de participação foi de 63,7% no segundo trimestre de 2019, caindo para 62,6%, no mesmo período deste ano. As mulheres negras enfrentam mais dificuldades. No segundo trimestre de 2022, a taxa de desocupação entre elas foi de 13,9%. A das trabalhadoras não negras ficou em 8,9%. Entre os homens negros o índice foi de 8,7% e para os não negros, 6,1%.

A Pnad mostra ainda que mais de 30% dos ocupados se inseriram como assalariados com carteira assinada no segundo trimestre de 2022 e entre as negras ocupadas, 31,5% eram CLT. No caso dos homens negros ocupados, a proporção de trabalhadores formais foi de 37,1%.

A pesquisa revela que entre as trabalhadoras negras ocupadas, 12,6% eram domésticas sem carteira e 3,7% com carteira, 21,1% por conta própria, e 10,8%, assalariadas sem carteira.

CTB

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