Milhares de professores portugueses vão às ruas exigir outra política para a educação
“Os educadores, professores e investigadores exigem outra política e outro Governo que garantam um futuro para Portugal”. Foi com estas palavras que milhares de professores portugueses (entre 30 mil e de 40 mil manifestantes) foram às ruas de Lisboa no último sábado (26) para protestar contra os ataques à educação e aos trabalhadores representados pelos cortes de investimento na educação pública como parte do programa de austeridade do Governo. O grito de revolta, que também exigiu a renúncia do ministro da Educação, encheu a Avenida Liberdade, na capital do país.
“Este protesto é, simultaneamente, um grito de revolta e um abanão na resignação. Tínhamos de o fazer face ao que está a acontecer ao nosso país: entre muitas outras ações extremamente perigosas, estão a tentar demolir o edifício democrático que é a escola pública, com um fortíssimo ataque desferido também contra os professores, ou não fossem estes pilar fundamental dessa escola democrática”, sublinhou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores de Portugal (Fenprof), Mário Nogueira.
A mobilização foi mais uma batalha dos professores portugueses contra o aumento do horário de trabalho da categoria, o desemprego, o roubo dos salários, o corte ilegal dos subsídios, a municipalização do ensino e a privatização da educação, que já foram relatadas em diversas ocasiões pela Fenprof à Contee. Por isso, a Contee mais uma vez manifesta apoio à luta dessa entidade coirmã. Ao Governo português – e às demais nações -, a Confederação reforça o alerta de que o enfrentamento da crise financeira mundial não pode continuar a vitimar os trabalhadores, em especial do setor educacional, estratégico para um desenvolvimento sustentável e igualitário.
Leia a íntegra da intervenção do secretário-geral da Fenprof
Veja a resolução aprovada pelos professores portugueses
Leia a entrevsta feita com o secretário-geral da Fenprof sobre a manifestação dos professores
Da redação, com informações da Fenprof e da Agência Reuters