Mobilização dos trabalhadores marca história de Campo Grande/MS
No dia 28 de abril, cerca de 60 mil pessoas participaram da paralisação nacional em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foi um marco histórico para a capital que demonstra a preocupação dos trabalhadores, estudantes, sociedade civil organizada com as propostas para a Reforma da Previdência Social e Reforma Trabalhista.
Desde às 6 horas da manhã manifestantes se posicionavam na praça Ary Coelho, no coração da cidade. Às 10 horas, iniciou-se a gigantesca marcha pelas principais avenidas da capital. A mobilização contou com o apoio dos comerciantes, que fecharam as portas das lojas e se posicionaram nas fachadas, muitos com bandeiras do Brasil, demonstrando solidariedade ao movimento.
O presidente do Sintrae-MS, professor Eduardo Botelho destaca que foi um movimento vitorioso, que traz de volta o clamor social e a união em prol das questões trabalhistas. Entre os objetivos dos manifestantes, está a sensibilização dos parlamentares para que votem NÃO às Reformas.
“Há muito tempo não se via um protesto com participação popular tão expressiva, em pleno dia de semana, com passeata de tamanha proporção. Superou e muito a expectativa porque a população está sentindo as maldades do governo Temer, todos os trabalhadores almejam uma aposentadoria digna e condições de trabalho justas que valorizem os profissionais. Mas, nos deparamos com uma reforma que precariza as relações de trabalho”, critica Botelho.
Mídia Local x Movimento
Segundo o presidente do Sintrae-MS, a mobilização foi tão expressiva que incomodou muitos líderes que comandam o mercado financeiro, tanto, que tentaram mascarar a real proporção do movimento. “Assim como a mídia nacional, muitos veículos midiamáticos locais tentaram diminuir o tamanho da mobilização em Campo Grande, divulgando número de adesão muito abaixo do real e dando destaques a fontes favoráveis ao desmonte das relações de trabalho. No entanto, hoje temos as redes sociais e a sociedade manifestou-se desmascarando a manipulação das informações sobre a paralisação nacional. Os brasileiros estão cada vez mais participativos e juntos vamos lutar até o último momento para impedir o retrocesso”, ressalta o professor Eduardo.
Da Assessoria de Imprensa do Sintrae-MS