Mobilização e luta para barrar a pauta das Reformas Trabalhista e da Previdência
A pressão dos sindicalistas em Brasília, somado as articulações dos senadores de oposição resultou num acordo que assegurou mais tempo para o debate na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado da proposta de reforma trabalhista (PLC 38/2017).
O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES), que não apresenta nenhuma alteração ao texto que suprime direitos trabalhistas, aprovado pela Câmara dos Deputados, segundo a pauta do Senado Federal, será lido amanhã (13). Pelo calendário, no dia 20 de junho a proposta entra em votação na comissão e, após votado, segue para tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Se esse calendário for mantido, o PLC 38/2017 encerraria o debate nas comissões do Senado no dia 28 e poderá partir para o Plenário da Casa.
Câmara quer votar Reforma da Previdência no primeiro semestre
Na Câmara dos Deputados, a Reforma da Previdência está parada desde a divulgação das denúncias da JBS que explicita a conversa onde o Michel Temer trata de “mesada” para calar a boca de Eduardo Cunha.
No entanto, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ) defende a retomada da tramitação da PEC 287/16 que argumenta que o déficit da Previdência Social é crescente e inviabiliza investimentos, o que aprofunda a recessão. Maia, como todos os que defendem o fim da aposentadoria, no entanto, desconsideram o papel social da Previdência e da seguridade social da população mais pobre e que mais depende do Estado, especialmente em sua velhice.
Rodrigo Maia diz que a Câmara vai definir a melhor data para iniciar a votação do texto no Plenário, que deverá ocorrer ainda no primeiro semestre. Para ele é urgente aprovar a reforma da Previdência e acabar com a aposentadoria de milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
30 de junho: construir a maior greve geral da história brasileira
“Somente muita mobilização e luta poderá impedir os retrocessos que estão anunciados no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Por isso, todo o esforço deve ser empenhado para realizar gigantescas manifestações no próximo dia 20 e realizar a maior greve geral da história brasileira, no dia 30 de junho”, afirma o presidente da CTB, Adilson Araújo.