Mulheres negras defendem o avanço de políticas públicas para combater desigualdade

O encontro foi transmitido pelo Facebook e Youtube da CUT nesta quarta-feira (24), véspera do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela

Mulheres negras CUTistas, do campo, da cidade e do movimento de mulheres defenderam, nesta quarta-feira (24), o avanço de políticas públicas voltadas para essa população que historicamente está na base da pirâmide social.

O encontro, que foi transmitido pelo Facebook e Youtube da CUT, marca o início das celebrações do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela, cuja data é nesta quinta-feira (25).

Segundo Julia Nogueira, secretária nacional de Combate ao Racismo da Central, as mulheres negras são as que mais sofrem discriminação em razão da cor da pele. “São elas que ocupam, em sua maioria, cargos precários. Muitos passos foram dados, no entanto, ainda faltam milhares de passos para que essa nossa caminhada sempre avance, no sentido de que o racismo seja combatido da sociedade brasileira. Por isso a importância do dia 25 de julho”.

A vice presidenta da CUT, Juvandia Moreira, falou que neste Dia Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha, a sociedade brasileira precisa refletir sobre a discriminação que as mulheres negras sofrem no trabalho e na vida.

“Elas são as maiores vítimas de feminicídio, vítimas de violência doméstica, da mortalidade materna, elas estão na base da pirâmide socioeconômica do país. Analisando a pirâmide de cargos e salários, as mulheres negras ganham os salários menores. Elas têm um desemprego maior, portanto, nós precisamos nos juntar, nos solidarizar para transformar o mundo, num mundo melhor para se viver, sem desigualdade”, disse a dirigente.

A secretária-adjunto de Combate ao Racismo, Nadilene Nascimento, concorda com a fala de Juvandia. “São as que mais enfrentam as dificuldades no mercado de trabalho, são as primeiras a entrar, as últimas a sair, as que têm os trabalhos mais precarizados e os menores salários”.

Marina Duarte, vice-presidente do Conselho Nacional de Política de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), lembrou que o 25 de julho, é mais um dia de luta por emprego e vida digna. “A luta é diária por trabalho, emprego e vida digna a todas as mulheres trabalhadoras deste país.”

A data relembra o marco internacional de luta e a resistência da mulher negra, reafirmando a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero. Também promove a conscientização sobre o racismo e a violência contra as mulheres.

Da CUT

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