“Não vamos transformar escolas em prisão”, afirma Lula
Presidente Lula pediu empenho de governadores, prefeitos, secretários de Educação, Justiça, Congresso e sociedade contra a violência nas escolas. "Vamos resolver isso com atitude"
O presidente Lula se reuniu, nesta terça-feira (18), com ministros, representantes do Legislativo e Judiciário, governadores, prefeitos e secretários de Educação para discutir o enfrentamento da violência nas escolas.
No encontro, os ministros Camilo Santana (Educação) e Flávio Dino (Justiça) apresentaram as medidas já tomadas pelo grupo interministerial criado por Lula em 5 de abril, logo após o ataque a uma creche de Blumenau (SC).
Entre as ações, estão a liberação de mais de R$ 3,4 bilhões para que estados e municípios implementem ações de prevenção, segurança e apoio psicossocial nos colégios; uma cartilha com orientações para gestores escolares; e a abertura de canais de denúncias que já estão ajudando no combate a atentados.
Escolas não virarão prisões
Lula, no entanto, ressaltou que a simples liberação de recursos ou ações tomadas apenas pelo governo federal não serão suficientes para impedir o crescimento da violência nas escolas.
Para o presidente, é preciso combater, de uma vez por todas, o armamento da população e os discursos que pregam o ódio, a violência e a intolerância, que se espalham pelas redes sociais e também dentro de casa.
“A gente não vai resolver esse problema só com dinheiro nem elevando o muro da escola ou colocando detector de metais. Ou nós temos a coragem de discutir a diferença entre liberdade de expressão e cretinice ou nós não vamos chegar muito à frente”, analisou.
E alertou que “tentar transformar as escolas em prisões de segurança máxima” significaria o fracasso das lideranças do país. “Não temos dinheiro para isso nem é socialmente, politicamente nem humanamente correto.”
Redes sociais
Para Camilo Santana, é preciso investir em ações psicossociais nas escolas ao mesmo tempo em que se combatem os discursos de ódio e de intolerância na internet. “Não há solução fácil, mas é necessário nos unirmos em torno dessa questão.”
As redes sociais também foram o centro das falas do ministro Flávio Dino; do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
“É falsa a ideia de que fiscalizar e regular a internet é contrário à liberdade de expressão. A verdade é o oposto. Só é possível preservar a liberdade de expressão regulando-a, para que ela não seja exercida de modo abusivo”, argumentou Dino.
Punir os geradores e incentivadores neonazistas que criam e espalham esse clima na internete; todos sabemos q pelo seu endereço de IP se chaga a eles…
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Fomentar, já no ensino fundamental, uma consciência crítica na criançada….