No dia 20, o Brasil vai se unir contra o golpe e em defesa dos direitos e da democracia
Uma das pautas que vão marcar o grande ato do próximo dia 20, no Brasil, convocado pelos movimentos populares, é a defesa da saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da presidência da Câmara dos Deputados. Acusado de ter recebido R$ 5 milhões em propina por um delator da Operação Lava Jato, o parlamentar responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal.
Cunha é um dos principais defensores e articuladores políticos de projetos considerados retrógrados pelo campo progressista da sociedade brasileira, como a redução da maioridade penal, a terceirização ilimitada e o finaciamento empresarial de campanha política.
O “Fora Cunha!” é um dos três eixos que norteiam os protestos, de acordo com o manifesto divulgado pela frente do movimento, intitulado “Tomar as ruas por direitos, liberdade e democracia”. No documento, Cunha é apresentado como um “retrocesso e um ataque à democracia”.
O segundo ponto destacado é uma crítica ao ajuste fiscal: “Que os ricos paguem pela crise!”. Defende medidas econômicas que não penalizem os mais pobres, como a taxação das grandes fortunas, dos dividendos e das remessas de lucro e uma auditoria da dívida pública.
O terceiro eixo pede uma plataforma popular para o enfrentamento das desigualdades da sociedade brasileira e propõe uma saída para a crise à esquerda: “Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o aprofundamento da democracia e as reformas necessárias para o Brasil: reforma tributária, urbana, agrária, educacional, democratização das comunicações e reforma democrática do sistema político”.
Este novo dia de luta está sendo construído por uma grande rede de ação popular formada por centrais sindicais, como a CTB e a CUT, movimentos estudantis, UNE e Ubes, movimento dos trabalhadores sem teto (MTST) e mídias alternativas como Fora do Eixo e Mídia Ninja, entre outros segmentos progressistas da sociedade.