Novo ministro da Educação é pastor ligado ao ensino privado
Em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira, 10, o presidente Jair Bolsonaro oficializou o membro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, professor e pastor presbiteriano Milton Ribeiro, como ministro da Educação. Ribeiro diz ter graduação em Teologia e em Direito, ser mestre em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, doutor em Educação pela Universidade de São Paulo e ter especialização em Velho Testamento pelo Centro Teológico Andrew Jumper, em Teologia do Velho Testamento pelo Mackenzie, em Gestão Universitária pelo Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras e em Direito Imobiliário pela Faculdade Metropolitanas Unidas. Membro do conselho deliberativo da entidade mantenedora do Mackenzie, foi reitor em exercício e vice-reitor dessa universidade. É diretor da Luz para o Caminho, instituição que cuida da relação da Igreja Presbiteriana do Brasil com a mídia.
Pedagogia da dor?
Numa pregação disponível na Internet, um vídeo de 2016 intitulado “A Vara da Disciplina”, o pastor Ribeiro falou que, para uma criança entender um argumento, “deve haver rigor, severidade; vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim, deve sentir dor”. Insinuou que alguém o repreenderá: “Pastor, o senhor está sendo muito, muito antipedagógico”, e respondeu a seu interlocutor imaginário: “Eu amo as crianças, amigos”.
Mais uma do novo ministro da Educação do governo Bolsonaro, o pastor evangélico Milton Ribeiro: para ele, as crianças precisam de DOR para aprender. É a que gente deve esperar da educação de nossas crianças a partir de agora. pic.twitter.com/FxnpJX73vQ
— William De Lucca (@delucca) July 10, 2020
A Contee tem por compromisso a defesa da educação laica, pública, gratuita, de qualidade e defende a aprovação urgente do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), garantindo os recursos públicos para a educação pública. Alerta também que o Brasil só trilhará o caminho do desenvolvimento econômico com inclusão social e fortalecimento da democracia colocando abaixo o atual governo.
A entidade defende a bandeira Fora, Bolsonaro!
Carlos Pompe