O 18º Congresso da Fise faz plano de ação ousado por uma educação democrática e inclusiva
Terminou nesta segunda-feira (5), o 18º Congresso da Federação Internacional do Ensino (Fise), na Cidade do México. Reunidos desde o domingo (4), educadoras e educadores de 25 países, de todos os continentes, formularam a Declaração do México.
Essa declaração conta com um plano de ação ousado em defesa da “educação pública, laica, democrática, inclusiva e de qualidade”, afirma Marilene Betros, secretária de Políticas Educacionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Reeleita vice-presidenta da Fise, Betros conta que o documento vai nortear os trabalhos em todos os países membros para “construir um sistema mais justo, que tenha respeito pela vida humana, contra o projeto neoliberal que arrasa com a maioria do planeta”.
De acordo com ela e Alan Francisco de Carvalho, coordenador de Comunicação Social da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Contee), eleito para a direção da Fise, o congresso foi rico e promete reforçar o papel da entidade no mundo.
“A nossa luta vai ser para garantir que a Fise dê conta dos desafios colocados pela onda conservadora que assola os países, principalmente na América do Sul, onde as conquistas da classe trabalhadora estão sendo aniquiladas por governos ultraliberais, em defesa do capital financeiro”.
Ela enaltece também a troca de experiências entre os profissionais da educação. “Pudemos perceber que enfrentamos problemas parecidos e precisamos estar juntos para barrar os retrocessos, elevar a consciência política do povo e construir o novo, onde prevaleça a solidariedade e uma educação voltada para a ampliação dos horizontes culturais das pessoas”.