O 8 de março passou, mas a luta das mulheres não
O dia 8 de março passou, mas a luta em defesa das mulheres, contra a violência de gênero, contra o machismo e a misoginia e contra a reforma da previdência e outros ataques às trabalhadoras e trabalhadores não terminou. Por isso, a Secretaria de Defesa dos Direitos de Gênero e LGBTT da Contee enviou circular às entidades filiadas destacando uma série de atividades nas quais a participação será fundamental.
“O processo eleitoral de 2018 foi marcado pelo avanço de uma extrema direita com teor fascista, misógina, homofóbica, racista e cercada de defensores do retorno dos militares. Se nossa derrota é muito mais profunda, nossa ação deverá ser mais consistente do que simplesmente desconstruir as fakenews que invadiram nossas redes sociais”, ressalta o texto assinado pela coordenadora da Secretaria, Gisele Vargas, e pelo coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.
“É imperativo que potencializemos a luta em defesa da democracia, dos direitos com igualdade, contra a violência contra as mulheres e autonomia. Somente com uma ampla mobilização poderemos impedir os retrocessos já anunciados por esse governo conservador. Nosso caminho e alternativa é resistir e lutar!”
Além dos atos da última sexta-feira, a circular salienta a importância da V Conferência de Políticas para as Mulheres, convocada pelo Decreto Nº 9.585, de 27 de Novembro de 2018. “É preciso, portanto, que fiquemos atentas às publicações sobre a Conferência para termos a data e nos organizarmos com uma delegação, bem como com um material produzido a partir do Documento Oficial da Conferência”, enfatiza Gisele.
Outro destaque é para a 6ª Marcha das Margaridas, programada para 13 e 14 de agosto, cujo mote este ano será “Margaridas na luta por Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”. “Em agosto de 2019, as mulheres trabalhadoras rurais ocuparão Brasília numa ação estratégica das mulheres do campo, da floresta e das águas para conquistar visibilidade, reconhecimento social, político e cidadania plena. Nesse sentido, a Contee afirma que a participação das mulheres da educação privada será imprescindível nesta Marcha, pautando a educação como autora da resistência”, conclama.
Ainda em março acontecerá também o Ato das Mulheres com Lula. “Está sendo articulado um Dia de Vigília por Lula Livre, em Curitiba, nesse mês de março, como parte integrante das atividades do Dia Internacional da Mulher. O dia indicado até o momento é 21/03/2019. Será uma atividade que priorizará a participação das mulheres das regiões Sudeste e Sul, em virtude da proximidade e dos recursos financeiros escassos. Contudo, será aberta a todas que conseguirem criar as condições de participação.”
Por Táscia Souza