Padilha denuncia Bolsonaro por aprofundar crueldade contra o povo nos últimos dias de governo
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) denunciou o ex-capitão Jair Bolsonaro por deixar um cenário de terra arrasada no Brasil após quase quatro anos como presidente da República. Em artigo, o ex-ministro da Saúde afirma que depois do desmantelamento de instituições e políticas públicas, Bolsonaro decidiu aprofundar a crueldade contra o povo brasileiro a poucos dias do término de seu mandato.
“A ordem de Bolsonaro é continuar sendo cruel com os brasileiros. Foi anunciado bloqueio de R$ 5,7 bilhões do orçamento de 2022, sendo as áreas da educação e saúde as mais prejudicadas pelos cortes. A ordem é deixar o tanque vazio para o próximo governo”, observa Padilha.
Ele frisa que no governo militar conduzido por Bolsonaro “não faltou dinheiro, faltou foi respeito com os brasileiros”. Mas mesmo com o cenário de caos que o governo Lula vai herdar a partir do dia 1º de janeiro, Padilha manifesta otimismo: ”Vamos reconstruir o país com aplicação de políticas públicas essenciais para recuperar a dignidade e o brilho no olhar do povo”.
Ele lembra que o governo militar conduzido por Bolsonaro é tão incompetente que hoje o Ministério da Educação (MEC) não tem dinheiro para pagar 14 mil médicos residentes de hospitais universitários federais e 200 mil bolsistas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Além disso, “universidades e institutos federais não têm como pagar auxílio estudantil, luz, água, contratos de alimentação, segurança, manutenção e serviços. Reitores anunciaram que cerca de 500 mil estudantes em extrema vulnerabilidade social ficarão sem bolsa auxílio”, denuncia o parlamentar.
Leia o artigo:
“Fim do governo Bolsonaro: mais crueldade com povo
Por Alexandre Padilha (*)
No último mês de seu governo, a ordem de Bolsonaro é continuar sendo cruel com os brasileiros. Foi anunciado bloqueio de R$ 5,7 bilhões do orçamento de 2022, sendo as áreas da educação e saúde as mais prejudicadas pelos cortes. A ordem é deixar o tanque vazio para o próximo governo.
É muito grave o que está acontecendo. O Ministério da Educação (MEC) não tem dinheiro para pagar 14 mil médicos residentes de hospitais universitários federais e 200 mil bolsistas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Universidades e institutos federais não têm como pagar auxílio estudantil, luz, água, contratos de alimentação, segurança, manutenção e serviços. Reitores anunciaram que cerca de 500 mil estudantes em extrema vulnerabilidade social ficarão sem bolsa auxílio.
São estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado, fundamentais para a ciência do país e que dependem dessas bolsas para pagar contas básicas para sua sobrevivência. Muitos deles estão sem dinheiro para almoçar!
Acompanho de perto as ações da Universidade Federal do ABC e apoio projetos através do envio de emendas parlamentares – e a instituição está sem recurso nenhum para custeio. Estudantes protestam em todo país contra o corte de verbas.
Não bastava o completo desmonte e cenário de caos já instalado na saúde pública, Bolsonaro anunciou mais uma vez asfixia na área. Além do programa Farmácia Popular, são mais cortes na distribuição de medicamentos e manutenção de leitos no SUS.
Faço parte do grupo da saúde na transição para o governo do presidente Lula e os diagnósticos mostram que Bolsonaro passou o trator na grande maioria das políticas públicas bem sucedidas que foram conquistadas com muita luta. Estamos vivendo uma calamidade social causada por um governo que nunca priorizou programas fundamentais.
No governo Bolsonaro não faltou dinheiro, faltou foi respeito com os brasileiros. Vamos reconstruir o país com aplicação de políticas públicas essenciais para recuperar a dignidade e o brilho no olhar do povo.
(*) Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP). Foi ministro da Coordenação Política no governo Lula, da Saúde no governo Dilma e secretário da Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de São Paulo. “
Redação PT na Câmara