Para a CUT, aumento da Selic é ineficaz no combate a inflação, encarece o crédito, causa mais desemprego e queda de renda
A Central Única dos Trabalhadores é contrária a mais esse aumento da taxa Selic, para 13,75%, maior patamar desde dezembro de 2008. Para a CUT, a medida é ineficaz no combate a inflação, encarece o crédito para consumo e para investimentos, causa mais desemprego, queda de renda, piora o cenário de recessão da economia e ainda contribui para diminuir a arrecadação do governo, que está atrelada ao nível de atividade econômica. E mais: concentra cada vez mais renda nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros.
A elevação dos juros também causa um aumento excessivo dos gastos do governo com a dívida pública, que só nos primeiros meses de 2015 totalizaram R$ 143 bilhões, contra R$ 101 bilhões no último trimestre de 2014. Só o mês de março de 2015 registrou gasto recorde de R$ 69,2 bilhões. Somente o valor gasto nos três primeiros meses desse ano dariam para sustentar o programa Bolsa Família por 6 anos.
Essa política de juros é totalmente incoerente em relação ao ajuste fiscal e a atual política econômica, pois aumenta as despesas com juros e diminui as receitas em um momento de corte de investimentos sociais nas áreas de saúde, educação, moradia e direitos da classe trabalhadora.
Se o governo precisa cortar gastos, que o faça onde ele gasta mais que é justamente com juros e financiamento da dívida pública e não tirando recursos das políticas sociais e dos mais pobres!
A CUT defende a imediata redução da taxa de juros, para que se possa investir mais em infraestrutura, políticas sociais como saúde, educação e habitação, assim como melhorar as condições de financiamento para o setor produtivo e para o consumo e, principalmente, uma política econômica que priorize de fato o crescimento da economia, a geração de emprego e renda, a redução da desigualdade social, o combate à pobreza e a distribuição de renda.
Executiva Nacional da CUT