Pauta quente na Comissão de Acompanhamento com o Sesi

A Fepesp e os sindicatos estiveram na sede do Sesi para mais uma sessão da Comissão de Acompanhamento, no dia 02/10.
Prevista no Acordo Coletivo, a Comissão é convocada para discutir problemas que atingem coletivamente os professores.
A pauta é apresentada pelos sindicatos a partir das reclamações feitas pelos professores. Desta vez, a lista estava bem grande:

Professor Coordenador de classe

Os sindicatos reclamaram da sobrecarga de tarefas, da falta de condições de trabalho e da falta de pagamento aos professores coordenadores de classe. É um cargo informal para o qual o professor é nomeado pela direção da unidade escolar

O professor coordenador se torna responsável por funções que cabem à Coordenação Pedagógica, como resolver conflitos e sistematizar todas as FIAPs dos alunos com baixo rendimento escolar. Sem aumento salarial pela função atribuída e com muito trabalho, esses professores levam até tarefa para casa.

O Sesi disse que não há autorização para isso e que irá investigar o caso. Os sindicatos estão de olho!
Trabalho nas Eleições

O professor que trabalhar nas eleições poderá tirar folga até o final do ano letivo, e não mais em outubro como exigia o Sesi. A regra foi mudada graças à reivindicação dos sindicatos.

Atribuição de aulas para 2013

Em algumas unidades, os professores de ensino médio estão sendo obrigados a assumir aulas no ensino fundamental II, sob o argumento de que eles foram contratados para lecionar nesse nível de ensino, pois o ensino médio ainda não havia sido criado.

Os sindicatos não concordaram, uma vez que o critério de seleção de professores especialistas é dado pela disciplina em que ele leciona. O prof. Aloísio, do Sinpro-ABC, que também leciona Geografia no Sesi, confirmou que o edital de seleção não faz nenhuma referência ao nível de ensino para o qual ele irá lecionar.

Aulas em duas ou mais unidades do Sesi

Os sindicatos questionaram o fato de o Sesi não permitir que o professor dê aulas em mais de uma unidade, no mesmo dia e período. Os sindicatos insistem na flexibilização da regra para que o docente possa preencher seu horário em mais de uma escola.

Segundo o Sesi, o horário vago entre as aulas, mesmo de unidades diferentes, deve ser pago porque caracteriza janela. O problema é que o Sesi não aceita pagar as janelas, daí ter criado essa restrição.

Os representantes do Sesi afirmaram que a regra só vale para o mesmo dia e período. O professor não é impedido de dar aula em mais de uma unidade, desde que em dias ou turnos diferentes. Só em Jundiaí a regra é flexibilizada, pois as unidades são próximas.

Infraestrutura

Os representantes dos sindicatos reclamaram da falta de infraestrutura para o professor atender alunos portadores de necessidades especiais. O Sesi diz que a equipe multidisciplinar será aumentada. Nessa equipe estão inclusos, por exemplo, psicólogos e fonoaudiólogos.

Semana do Saber

A Fepesp e os sindicatos cobraram do Sesi os critérios de pagamento durante a Semana do Saber, especialmente se o tempo de deslocamento entre uma cidade e outra foi pago e se as oito horas foram convertidas em 9,6 aulas para a remuneração dos professores do Fundamental II e do Ensino Médio. As entidades também perguntaram se o Sesi descontou os dias de quem não participou.

Segundo os representantes patronais, cada unidade do Sesi deveria ter feito a conversão e informado o período trabalhado em aulas e não horas. Eles confirmaram o desconto e comprometeram-se a responder como foi feito e se o percurso entre cidades foi pago.

Os sindicatos querem que o Sesi confira os valores e pague a diferença se a conversão não foi feita.

Robótica

Foi pedido o esclarecimento sobre a existência de um documento que obriga os funcionários do Sesi a trabalhar como ‘voluntários’ na Olimpíada do Conhecimento. Esse documento seria assinado por todos para firmar o compromisso. Os representantes do Sesi alegam desconhecer o fato, já que o evento não é realizado pela Divisão de Educação.

Atestados Médicos

Os sindicatos perguntaram por que o Sesi não abona a falta quando o professor tem consulta médica. Segundo o Sesi, o abono só acontece quando há dispensa indicada em atestado médico.

Fonte: FEPESP

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