Professores do ABC rejeitam proposta patronal e aprovam estado de greve e assembleia permanente
- Instalação de dissídio coletivo
- Estado de greve
- Assembleia permanente
- Mobilizações e manifestações nas escolas
Essas foram as principais decisões da assembleia dos professores e professoras do Ensino Básico e Superior, das escolas particulares do ABC, no sábado (17/03).
A assembleia foi realizada na sede do Sindicato dos Professores do ABC (Sinpro), em Santo André, com boa participação da categoria, para a análise da proposta patronal, com relação à Campanha Salarial 2018.
A decisão da assembleia do ABC, fará parte de um coletivo de decisões de outros sindicatos de professores do estado de São Paulo, que compõem a base da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp).
A Convenção Coletiva da categoria – Ensino Básico – tem validade até o dia 28 de março, pois foi estendida, por um mês, para garantir nossos direitos, durante esse período de negociação, uma vitória dos sindicatos. No entanto, os patrões querem dizimar nossas conquistas e pretendem aplicar, sem dó, a reforma trabalhista aprovada no ano passado, pelos políticos comprometidos com o poder econômico do País, beneficiando assim os empresários e destruindo os direitos dos trabalhadores conquistados com muita luta.
Conheça algumas das reivindicações mais importantes dos professores:
- Convenção Coletiva garantida por dois anos, válida até fevereiro de 2020. Item conquistado desde 2014.
- Reposição integral da inflação + aumento real (3%).
- Participação nos Lucros e Resultados (PLR) – 24% (2018) e 30% (2019).
- Manutenção dos direitos coletivos, com a manutenção de todas as cláusulas da atual Convenção Coletiva, até fevereiro de 2020.
Além dessas reivindicações, a categoria propõe ainda para o novo acordo:
- Pagamento de hora-tecnológica, diante das novas obrigações oriundas da Internet e redes sociais.
- Proibir a terceirização, ou seja, contratar professores (micro empresários ou por meio de outras empresas e cooperativas).
- Contrato intermitente de trabalho – professor remunerado somente pelas aulas que ministra, embora fique à disposição da escola.
- Remuneração salarial diferenciada somente por plano de carreira, com critérios de titulação e tempo de serviço.
- Ampliação da licença maternidade para seis meses, inclusive por adoção ou guarda.
- Acesso livre dos dirigentes sindicais à escola (professores), nos intervalos de aula.
Proposta Patronal:
- Instituição de banco de horas e compensação de feriados.
- Parcelamento de férias.
- Retirada da garantia semestral de salários.
- Diminuição do Recesso para 20 dias.
- Retirada das janelas.
- Acabar com a PLR.
- Retirada do pedido de demissão no final do ano letivo.
- Redução em 50% da bolsa de estudo, limitando a uma vaga.