Professores do Isca mantêm greve até regularização do pagamento
Os professores do Isca Faculdades, de Limeira, decidiram em assembleia na noite desta quinta-feira, dia 23, manter a greve iniciada há oito dias, até que todos os docentes recebam os salários de dezembro.
A Alie, mantenedora do Isca, havia se comprometido a depositar os salários de dezembro no dia 17, não respeitou o acordo e pagou apenas parte do corpo docente.
Uma nova assembleia foi convocada para a próxima terça-feira, dia 28, às 19h30, no Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, quando os professores farão uma nova avaliação do movimento.
Na segunda-feira, dia 27, os professores farão um trabalho de esclarecimento junto aos alunos explicando as razões da continuidade da paralisação. Sem receber salários desde dezembro, os docentes esgotaram todas as formas de negociação amigável e utilizaram o recurso extremo da greve, como forma de forçar a Alie, mantenedora do Isca, a cumprir os acordos até agora firmados, mas desrespeitados.
Histórico da crise
A crise da Instituição já se arrasta desde junho do ano passado, quando deixou de pagar o abono de férias, seguindo depois com atrasos constantes e parcelamento dos salários dos docentes.
Em dezembro passado, deixou de pagar o 13º dos professores e depois os salários de dezembro e de janeiro, tornando a situação financeira dos docentes insustentável, dado que muitos dos que lá lecionam têm regime de dedicação exclusiva.
Depois de ser denunciada pelo descaso com que vem tratando os professores, a Mantenedora do Isca foi chamada a uma audiência no Ministério Público do Trabalho em outubro passado, onde assinou um Termo de Ajustamento de Conduta -TAC – em que se comprometeu a zerar todas as irregularidades até 31 de dezembro, o que incluía o pagamento em dia dos salários, do 13º, da diferença do reajuste salarial, do abono de férias e a regularização dos depósitos do FGTS. A Alie descumpriu o acordo e ainda deixou de pagar dois meses de salário.
Com a ameaça de greve por parte dos professores a Instituição se comprometeu a pagar, a partir do dia 15, parte dos salários devidos aos professores, mas não honrou o novo acordo.
Fonte: Sinpro Campinas