Professores do Sesi exigem retomada de negociações
Os professores do Sesi reunidos em assembleia no SINPRO-SP nesta quinta-feira, 22/3, expressaram indignação com o rompimento das tratativas salariais e exigiram a retomada das negociações.
Os docentes deliberaram um calendário de atividades com o objetivo de pressionar o Sesi a respeitar as reivindicações da categoria e negociar em termos de igualdade.
Já no dia 23/3, será enviado ofício ao Sesi, exigindo a retomada das negociações. Em caso de recusa, o Sesi será convocado para uma audiência com a mediação do Ministério do Trabalho.
Os docentes também vão realizar assembleia na Av. Paulista no dia 3 de abril, às 11 horas para analisar eventual proposta patronal ou, em caso de recusa em retomar as negociações, discutir as ações de luta, inclusive com a possibilidade de greve.
A partir da próxima semana, os diretores do SINPRO-SP vão visitar as unidades do Sesi para conversar com os professores. O Sindicato também organizará panfletagens informando alunos, pais e comunidade as reivindicações salariais e as condições de trabalho dos professores no Sesi.
Os professores reivindicam reajuste de 10% nos salários e um plano de equiparação entre os salários do Fundamental 1, Fundamental 2, EJA e Ensino Médio, além da concessão dos vales refeição e alimentação nos 12 meses do ano.
Na assembleia, houve inúmeros relatos dos professores sobre o excesso de trabalho a que são submetidos, com a exigência da realização de um grande número de tarefas pedagógicas – elaboração de planos de ensino detalhados, por exemplo – além daquelas inerentes à função docente, tais como preparação de aulas e correção de provas e exercícios.
Denunciaram também o ambiente de pressão a que são submetidos nas unidades de ensino, sendo constantemente ameaçados com a possibilidade de demissão, caso ousem discutir as orientações, muitas vezes absurdas, da direção.
Foto: Antonio Carlos Barboza
Fonte: Sinpro SP