Professores em greve fazem manifestação em frente à prefeitura do Rio
Rio de Janeiro – Os professores da rede municipal de ensino da capital fluminense, em greve desde o dia 8 deste mês, fizeram uma manifestação ontem (20) em frente a sede administrativa da prefeitura carioca, na Cidade Nova, na região central da cidade. Eles tentavam uma audiência com o prefeito Eduardo Paes para negociar as reivindicações da categoria.
Dez representantes dos professores conseguiram, no entanto, se reunir com o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Teixeira, e com integrantes da Secretaria Municipal de Educação. Segundo o coordenador do Sindicado Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Alex Trentino, a reunião reabriu o processo de negociação.
“A prefeitura disse na reunião que não tem dinheiro para o reajuste e para o plano de carreira ao mesmo tempo. Nós, da categoria, afirmamos que não abriremos mão das reivindicações. Para conseguir alguma conciliação, levantamos sete pontos que não têm impacto financeiro e que serão levadas ao prefeito. Prometeram que será marcada uma nova audiência amanhã [21] e esperamos que dessa vez o prefeito compareça e não esteja em viagem como hoje”, explicou.
De acordo com o Sepe, alguns dos sete pontos pautados e que serão negociados na nova audiência são direitos de origem, pelo qual os funcionários têm um local de trabalho permanente; participação do Sepe no plano de carreira; data-base para o reajuste; regularidade de audiência com a secretária de Educação Claudia Costin, e carteira funcional.
O secretário Pedro Paulo Carvalho Teixeira disse estar pessimista com a possibilidade de um acordo com o sindicato. “Eu acho difícil avançar, por causa do desprezo do Sepe em relação ao Plano de Cargos e Salários apresentado pela prefeitura. Acredito que o plano poderia corrigir distorções e conduzir aumentos significativos aos funcionários, mas se o Sepe não compreende que essa é a pauta prioritária será difícil um acordo. Acredito que esses pontos levantados hoje não vão saciar a vontade da categoria. Deveríamos canalizar nossas energias no plano, que é a principal pauta. Em toda reunião sempre aparece um novo ponto a ser discutido, o que nos faz pensar que há o desejo da greve pela greve”, disse.
Da Agência Brasil