PSOL reafirma compromisso com Lula e fará parte da base do governo no Congresso

O Diretório Nacional do PSOL se reuniu neste sábado (17) e reafirmou o compromisso do partido com o governo Lula e com a luta contra o bolsonarismo nos parlamentos e, principalmente, nas ruas.

Segundo as resoluções aprovadas pela maioria dos dirigentes presentes, o PSOL fará parte da base de sustentação do governo Lula no Congresso Nacional e atuará com todas as suas forças na defesa do programa eleito pelo voto popular nas eleições de outubro.

“Diante das ameaças permanentes de golpe, o PSOL estará com Lula em defesa da legitimidade do novo governo. Jamais seremos indiferentes aos ataques da direita ao governo. Ao contrário, não pode haver nenhuma dúvida entre o PSOL e a oposição de extrema-direita”, aponta a resolução.

“A bancada do PSOL no Congresso Nacional participará da base de sustentação ao governo Lula no Legislativo, observando as orientações políticas a seguir, quando mantidas as condições políticas para essa composição”, diz outro trecho de uma das resoluções aprovadas.

A direção partidária reconhece o grande acerto político do PSOL em compor a coligação que elegeu Lula presidente desde o primeiro turno das eleições, o que fica comprovado com o acirrado resultado da eleição presidencial.

A consolidação do PSOL como o segundo maior partido de esquerda do país, com a maior bancada parlamentar de sua história, também aponta para o acerto das decisões do partido no último período que estreitaram cada vez mais os laços do povo brasileiro com o PSOL.

“Não subestimar o bolsonarismo foi um dos acertos do PSOL nos últimos anos. Lutamos para construir a unidade nos movimentos sociais contra o golpe parlamentar, pelo Lula Livre, contra os retrocessos e reformas que foram aprovadas desde o governo Temer e, finalmente, pelo Fora Bolsonaro”, avaliam os dirigentes.

Ao mesmo tempo em que defenderá o governo contra qualquer ataque ou pressão da direita e da extrema-direita, a bancada do PSOL preservará sua liberdade de crítica e de iniciativa em relação a possíveis medidas que não contribuam para a superação do atraso bolsonarista e para o aprofundamento da democracia.

“Construir a unidade não representa suprimir as diferenças ou baixar nossas bandeiras. Apostamos principalmente na mobilização popular para aprovar medidas de combate à fome, ao desemprego, pela retomada de programas como o Minha Casa Minha Vida, investimento em educação e saúde públicas, na defesa do desmatamento zero, pelo fim do genocídio dos povos indígenas e do povo negro, combate ao racismo estrutural e defesa dos direitos das mulheres e das LGBTQIA+, dos direitos sociais e trabalhistas de toda a classe trabalhadora”, reafirma o partido.

“O PSOL apoiará o governo Lula em todas as suas ações de recuperação dos direitos sociais e de interesses populares. Estaremos presentes nas trincheiras do parlamento e nas lutas do povo brasileiro, combatendo a extrema-direita e defendendo o governo democraticamente eleito, mas o PSOL não terá cargos na gestão que se inicia”, explica a resolução.

“Nossa relação será baseada no compromisso com as pautas populares, não em negociação de espaços ou condicionada à composição de Ministérios. Enquanto o centrão negocia cargos, o PSOL irá privilegiar a negociação de propostas”, aponta categoricamente o Diretório Nacional do partido.

PSol

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