Quadrilha que assaltou o poder está desmoralizada! Fora Temer e Diretas Já
Por José Nivaldo Mota*
É estarrecedor o que assistimos no cenário político nacional, uma quadrilha muito bem organizada assaltou o poder e tenta pautar uma agenda que atenda o mercado, na tentativa de escravizar os trabalhadores e acabar com qualquer resistência, minando os partidos de esquerda, centrais e sindicatos!
Em um país minimamente sério, com suas instituições funcionando normalmente, sem pressão da mídia e do mercado, Dilma Rousseff não teria caído, não perderia o poder. Nem ela nem uma concepção de projeto político que começou a ser implementado a partir da posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2003.
Mas a história não é feita do jeito que simplesmente queremos, tem outros atores e grupos sociais que atuam nesta grande avenida, em uma disputa ferrenha, onde a questão central está o poder. Como disse um dia o grande revolucionário russo, um dos homens mais importante da história universal, o comunista e líder da gloriosa Revolução Russa de 1917, Vladimir Lênin, “fora o poder, tudo é ilusão”!
É isso mesmo, existe engendrado na sociedade uma luta renhida entre as classes sociais: de um lado o grande capital, com suas grandes fortunas acumuladas pela superexploração do trabalho; do outro lado estamos nós, a imensa maioria do povo trabalhador, que pagamos todo o luxo e riqueza destes parasitas.
O que aconteceu no país, com a queda de uma presidenta honesta, dois anos de investigações e não se encontrou nada contra Dilma, com injusta fritura do nome do Lula, numa tentativa desesperada do grande consórcio golpista em liquidar um nome que todos sabem pode vir a governar o país a partir de 2018, faz parte do circo armado por eles mesmos, que envolve mídia, Judiciário, mercado, rentismo e toda sorte de políticos vigaristas e ladrões!
Mas, enfim, o governo Dilma e o povo, aparentemente, foram derrotados em 2016, mas o castelo de areia feito pelo consórcio golpista começa a desmoronar com uma força de um tsunami. Todos os dias vemos membros da quadrilha que assaltou o poder, a sucia palaciana, serem desmascarados, com a mídia (ela mesma, coautora golpista) não tendo como esconder as peripécias dos seus quadrilheiros, os verdadeiros bandidões deste país.
Hoje está claro que o plano engendrado pelo mercado e pelo rentismo, com seus sócios no Brasil, não se sabe ao certo quando, mas começado a ser posto em prática em 2013, tinha este objetivo em deslegitimar uma das maiores lideranças do meio popular, que é Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de Getúlio Vargas, com certeza é Lula que vai encarnar esta relação com as massas, isso as nossas elites não toleram, uma parte desta elite sempre conspirou nas caladas da noite!
Outro mote que começou em 2013 foi o da antipolítica, nenhum partido presta, são todos iguais, fora todos! Estas palavras de ordem estiveram no centro dos atos daquele ano, pasmem que setores de esquerda (geralmente ultras), concordavam com tudo isso, fazendo o jogo bárbaro da direita mais reacionária. Se estes ultras, metidos a revolucionários, não foram os que derrubaram Dilma, mas com certeza têm o dedo irresponsável de suas posições em engrossar o cordão de fascistas e afins.
Esse caldo todo, formado ainda em 2013, culminou nesta crise atual. Eles pensaram que de um golpe só resolveriam todos os problemas, que enquadravam todo mundo, achavam que desmoralizariam as esquerdas e o movimento sindical! Ledo engano, os movimentos sociais resistem como nunca resistiram, o 24 de maio, com o “Ocupa Brasília”, foi apenas o começo da luta. A consigna Fora Temer e Diretas Já é correta e atual, temos que ampliar com todos aqueles que queiram barrar as reformas e não concordam com o golpe do ano passado. Só assim a sociedade como um todo nos apoiará na hora decisiva!
*José Nivaldo Mota é vice-presidente do Sinpro-AL e integrante da Diretoria Plena da Contee