Quem educa cuida: valorize quem trabalha na educação privada

Embora algumas entidades já tenham encerrado campanhas salariais, outras continuam na luta, inclusive com possibilidade de greve

Nesta quinta-feira (11), era de se esperar que a maior parte das negociações salariais na base da Contee já tivesse terminado. De fato, muitas entidades já assinaram as CCT (convenções coletivas de trabalho), garantindo reajustes, recomposições inflacionárias e manutenção de cláusulas sociais.

Há muitas, contudo, que seguem na luta, inclusive com possibilidades de deflagração de greves, votadas em assembleias, diante da intransigência patronal e de propostas aviltantes, que não asseguram o mínimo de direitos a quem trabalha no setor privado de ensino.

A essas entidades, a Contee expressa total apoio e disponibiliza os materiais da campanha “Quem educa cuida”. Trata-se de mais do que campanha salarial. É, na verdade, campanha de valorização de docentes e pessoal técnico administrativo.

Pisos defasados há 2 anos

“Os pisos dos professores e técnicos administrativos das escolas privadas não foram reajustados nos últimos anos na mesma medida das mensalidades escolares, que mesmo em 2020, ano do início da pandemia, sofreram reajustes. Os patrões das instituições de ensino privado de hoje são, em sua maioria, grupos de megainvestidores transnacionais.”

“No ensino superior, já vemos esse fato em quase sua totalidade e, na educação básica, eles já representam quase a metade dos estabelecimentos de ensino”, apontam, no manifesto da campanha, os diretores Elson Paiva (coordenador da Secretaria de Organização Sindical, Relações de Trabalho, Relações Institucionais e Juventude) e Gilson Reis (coordenador-geral).

“Nesse sentido, a Contee, juntamente com seus sindicatos e federações de base, evidencia o tema da valorização dos trabalhadores em educação privada nas campanhas salariais, para que possamos, junto à sociedade demonstrar que a educação privada — que é uma concessão do poder público, por ser a educação um direito constitucional de todos os cidadãos e um dever do Estado — deve se submeter às mesmas normas da educação pública, com garantia de qualidade.”

Acesse o manifesto completo e baixe os materiais

Táscia Souza

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