Rede Globo é ocupada por movimentos populares em defesa de Lula no Rio de Janeiro

Em todo o Brasil atos estão sendo programados para o dia 24, dia que ocorrerá o julgamento de Lula no TRF4 em POA

A sede da Rede Globo no Rio de Janeiro foi ocupada no final da manhã desta segunda-feira (22). Cerca de 150 pessoas estão acampadas no prédio da emissora na região do Jardim Botânico. A ação é organizada por movimentos populares e tem por objetivo denunciar o empenho da emissora na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para Paulo Henrique, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Globo é uma das principais impulsionadoras da perseguição à Lula. “Estamos realizando esse ato para denunciar a manipulação da Rede Globo na política brasileira. Ela tem um papel decisivo de decidir pelo povo. Ela sempre cumpriu um papel nos golpes, como em 1964, nas eleições de 1989, quando Lula perdeu as eleições presidenciais para Fernando Collor, e agora mais recente no golpe em cima da ex-presidente Dilma Rousseff. E agora ela revela mais uma manipulação na tentativa de incriminar Lula”

Os organizadores lembram de uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, que constatou que entre dezembro de 2015 e agosto de 2016 o Jornal Nacional dedicou quase 13 horas de noticias negativas sobre Lula e nenhuma hora de noticias favoráveis.

“O judiciário do Moro não conseguiria sozinho condenar o Lula. Já tentaram várias manobras, mas o que sustenta a República de Curitiba e as inconstitucionalidades do processo é a Globo, que tem se empenhado para atacar Lula para que ele não concorra às eleições em 2018”, afirma Luma Vitório, do Levante Popular da Juventude.

Na ocupação cartazes nomeiam a Rede Globo de “Tribunal Federal da Injustiça” e denunciam as investigações que a corporação carrega, entre elas o esquema de pagamento de propina para transmissão de jogos de futebol e sonegação fiscal.

Em todo o Brasil atos estão sendo programados ao longo dessa semana até o dia do julgamento de Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª Região de Porto Alegre (TRF4). Movimentos populares iniciaram hoje um acampamento em Porto Alegre que terá programação até o dia do julgamento.

Brasil de Fato

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