Reforma Trabalhista pode ser barrada no Senado
Na tarde de quarta-feira (3), o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), reuniu-se com representações de oito centrais sindicais – dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Única dos Trabalhadores (CUT), Sindical do Brasil (CSB), Sindical Popular (Conlutas), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Intersindical e Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST).
Os sindicalistas pediram diálogo no Senado, e não atropelamento, como fez a base governista na Câmara dos Deputados. Denunciaram que a Reforma Trabalhista aprovada na Câmara destrói a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e busca extinguir os sindicatos.
Nara Teixeira de Souza, coordenadora da Secretaria de Relações do Trabalho da Contee e dirigente da CTB, disse que falaram, na reunião, um representante de cada central. Para ela, “o encontro demonstrou que podemos ter mais diálogo no Senado do que na Câmara. Esperamos que a tramitação siga os procedimentos normais do Senado, com mais diálogo com as entidades sindicais, e que possamos barrar o projeto. A fala final do Renan deixa claro que estamos no rumo certo: mobilização contra os projetos que atacam os direitos dos trabalhadores. É preciso unidade e pressão para resistir aos ataques aos nossos direitos”.
Renan Calheiros ressaltou a importância do sucesso da greve geral do dia 28 e pontuou: “Embora o Senado seja uma Casa complexa, o Legislativo não pode caminhar senão com os ouvidos colados nas ruas. Só assim é possível caminhar bem. Precisamos discutir mudanças, mas não podemos fazer isso sem dar ouvidos aos anseios do povo”.
O líder do PMDB criticou os projetos da terceirização irrestrita, as reformas da Previdência e Trabalhista.
Também participaram da reunião os senadores Roberto Requião (PMDB/PR), Lídice da Mata (PSB/BA), Gleisi Hoffmann (PT/PR), Randolfe Rodrigues (Rede/AP), Paulo Paim (PT/RS), Vanessa Grazziotin (PcdoB/AM), Lindberg Farias (PT/RJ) e Humberto Costa (PT/PE), e os deputados federais Bebeto (PSB/BA), Orlando Silva (PCdoB/SP) e Assis Melo (PCdoB/RS).
Carlos Pompe, repórter