Reforma Trabalhista submeteu parcela expressiva da mão de obra apenas à “estratégia de sobrevivência”
Contrarreforma está sob a lógica perversa de culpar o trabalhador, sobretudo os menos escolarizados, pela precária condição que atravessa
Segundo o professor José Dari Krein, a Reforma Trabalhista submeteu parcela expressiva dos trabalhadores à dura “estratégia de sobrevivência”. Ou seja, ainda segundo o professor, quase 30% da mão de obra têm trabalhado por conta própria. Estão subutilizados, fazendo “bicos”. Na lógica da sobrevivência.
Quase 15% da força de trabalho brasileira estão desempregados. Dentre esses, há muitos desalentados, isto é, querem trabalhar, mas não têm coragem de sair de casa para procurar ocupação, pois não têm perspectiva de encontrar.
O professor Dari Krein é pesquisador do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho) e docente do IE-Unicamp (Instituto de Economia da Universidade de Campinas) e da Remir (Rede de Estudos e Monitoramento Interdisciplinar da Reforma Trabalhista).
Durante a conversa com Krein, ele explicou que a Reforma Trabalhista se fundamenta numa lógica de culpar o trabalhador pela situação precária que atravessa e que a contrarreforma o submeteu – “não tem qualificação, não estudou” – daí porque essa mão de obra não consegue se colocar nesse competitivo mercado de trabalho. Assista a íntegra da Contee Conta desta segunda-feira (8):
Marcos Verlaine