Rumo à mobilização nacional de 11 de julho: Pela valorização das aposentadorias
As centrais sindicais que fizeram manifestação no dia 6 de março de 2013 já apresentaram como reivindicação a criação de uma política de valorização das aposentadorias que estão acima do salário mínimo, uma vez que, como já existe uma política de valorização do mínimo, os aposentados e pensionistas têm visto seus benefícios serem achatados no decorrer dos anos, sem aumentos reais.
Por ser um ponto de total interesse dos que já se aposentaram e dos trabalhadores da ativa – os quais, ao se aposentarem – sofrerão com esse problema – essa bandeira, que também será levada às ruas amanhã (11) no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações, deve ser defendida por todos os trabalhadores, a despeito de a qual categoria pertencem.
Após ter trabalhado 30, 35 anos ou mais, a expectativa de descanso e tranquilidade dá lugar ao rebaixamento salarial e às dificuldades financeiras. Isso também é agravado pelo fator previdenciário, o qual já abordamos aqui no Portal da Contee como outra bandeira da manifestação no dia 11 de julho.
Existem iniciativas para valorizar os aposentados. No fim do mês passado, o senador Paulo Paim (PT-RS) assumiu a relatoria do projeto de lei baseado em proposta da Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul (Fetapergs), denominado “SOS Aposentadoria”. A matéria garante a correção dos benefícios para que os valores recebidos pelos segurados voltem a ter o mesmo percentual em relação ao teto previdenciário da época da concessão.
Além disso, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2014 recebeu duas emendas que visam elevar o reajuste que será dado às aposentadorias do INSS acima no salário mínimo. A primeira, do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) propõe que os benefícios do INSS maiores que o mínimo tenham o mesmo reajuste que será aplicado ao piso nacional. Já a segunda, de Paulo Paim, pede a adoção de “critério para concessão de aumento real das aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo”.
É preciso, no entanto, avançar nessas políticas e assegurar aos que dedicaram suas vidas ao trabalho o reconhecimento pelo esforço desenvolvido durante sua vida profissional.
Da redação