Saaemg participa de manifestação contra os cortes na educação promovidos pelo governo Bolsonaro
Depois de 48h de Greve das escolas federais contra os cortes de investimentos na educação promovidos pelo Governo Federal, milhares de estudantes foram às ruas de Belo Horizonte na tarde de quinta-feira (03) protestar. O movimento se reuniu na praça Afonso Arinos, ao lado da Faculdade de Direito da UFMG, por volta das 17h. De lá, os manifestantes percorreram a avenida Afonso Pena até o pirulito na praça Sete.
Durante o percurso, muitos estudantes exibiram cartazes de protestos. Do alto de um caminhão de som, outros estudantes explicavam para os pedestres e motoristas a realidade atual das universidades públicas brasileiras. Muitas tiveram cortes superiores a 30% do orçamento. O governo ainda cortou centenas de bolsas de estudos, prejudicando a pesquisa no país.
O Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais (Saaemg), em apoio a uma educação pública, gratuita e de qualidade, também aderiu ao movimento e foi representando pelo Diretor José Geraldo Vieira. Outros sindicatos de trabalhadores e centrais sindicais compareceram, entre eles a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de Minas Gerais (CTB-MG).
Desde que assumiu a presidência, Jair Bolsonaro já contingenciou R$ 6,1 bilhões da educação pública. Este, aliás, é o maior corte entre todos os ministérios em Brasília (DF). Esse valor seria utilizado em ações de apoio à manutenção da educação infantil, concessão de bolsas na educação superior e básica e de apoio ao funcionamento dos institutos federais de ensino.
Os manifestantes denunciam que o objetivo do governo Bolsonaro é “asfixiar” financeiramente as Universidades Federais para depois privatizá-las através do Programa “Future-se”. Caso esse programa seja implantando, serão as empresas privadas que terão autonomia sobre o Estado para escolher sobre quais pesquisas serão financiadas. Dessa forma, o interesse público seria substituído pelo interesse particular. Esse é um dos temores da comunidade acadêmica e dos estudantes, além de entidades de classe dos trabalhadores.
Essa luta não deve ser apenas dos estudantes das universidades e institutos federais de ensino, mas de toda à sociedade.
O Saaemg aproveita e convida a sua categoria participar desse movimento em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.
O sindicato entende que a educação não deve ser compreendida como simples mercadoria, mas sim um direito universal.