SaaeMG: Plebiscito popular – Campanha contra os altos preços da conta de luz e do ICMS; Participe da votação
Desde o início de 2013, um coletivo envolvendo organizações sociais de mais de 35 municípios mineiros vem debatendo questões relacionadas a Minas Gerais, um estado de riquezas social, cultural e natural.
Os personagens desse coletivo chegaram a conclusão que a maioria da população observa: o projeto do Estado de Minas Gerais em curso hoje prioriza uma minoria, dona de terras, das grandes empresas, dos meios de comunicação e das demais estruturas de poder, em desvantagem de uma imensa maioria, que não tem acesso à essa riqueza.
Essa injustiça se manifesta de diversas formas. Uma das mais simbólicas, os mineiros recebem todos os meses, em suas casas: a conta de luz. E com a conta em mãos, duas indagações.
Por que é tão cara?
Por que se paga tantos impostos?
“Ao analisarmos com mais profundidade essas questões, descobrimos que Minas possui uma das energias elétricas mais caras do país. Descobrimos que possuímos uma grande empresa, a Cemig, que possui lucros bilionários. E que essa mesma empresa tem o maior índice de acidentes de trabalho do país – o que causa a morte de, em média, 8 trabalhadores por ano. Descobrimos, também, que quase todos esses trabalhadores são terceirizados (ou seja, não são funcionários do quadro próprio da Cemig), que recebem péssimos salários, por um trabalho tão pesado e perigoso. E descobrimos ainda que, nos últimos anos, a Cemig tem cada vez mais contratado mais trabalhadores terceirizados, aumentado mais o preço da sua tarifa para a população, investido menos na sua estrutura e no seu serviço, e colhendo disso lucros cada vez mais gigantescos!”
A contundência e os dados partem das organizações que se uniram para saber por que o lucro obtido pela Cemig vai para acionistas estrangeiros (hoje, donos da companhia) em vez de ir para o povo através de uma conta de energia mais barata, por exemplo. Além disso, os impostos caros que se pagam, entre eles o ICMS como protagonista, servem de moeda de troca do governo com as grandes empresas. Elas recebem isenções e descontos, enquanto a população paga a conta.
A partir de tudo isso, as organizações envolvidas resolveram articular um plebiscito popular para debater com a população mineira a situação da energia e do ICMS em Minas Gerais. Esse processo tem seu ápice de 19 a 27 de outubro com a realização desse Plebiscito Popular.
O SAAEMG, entidade referência no meio sindical, está disponibilizando, de 21 a 25 de outubro, urnas em sua sede (Rua Hermílio Alves, 335 – Santa Tereza) e na Casa Jurídica (Rua Grafito, 31 – Santa Tereza), onde a população mineira poderá exercer seu direito de indignação contra a tarifa cobrada pela Cemig. Na cédula de votação, duas perguntas:
Você concorda que o governo de MG deve reduzir o imposto estadual (ICMS), que representa em média 42% da conta de luz, para 14% (como é em SP e DF)?
Você concorda que a Cemig deve reduzir em 50% (no mínimo) a tarifa de energia para o povo de Minas Gerais?
Para mais informações, acesse (PLEBISCITOPOPULARMG.WORPRESS.COM).
Do Saaemg