Seminário Contee/CES debate negociação coletiva rumo ao contrato nacional
Tema encerra ciclo de discussões nesta quinta-feira (27), a partir de 18h, pela plataforma Zoom. Mesa também vai ser transmitida ao vivo pela TV Contee
“Intransigência patronal pode levar entidades a indicar paralisação no ensino superior”. Esse é o título de matéria publicada, em 8 de junho do ano passado, pelo Portal da Contee, para denunciar perdas elevadas de professores e técnicos administrativos, ameaças às convenções coletivas, desmonte de direitos consolidados e recusa sistemática dos patrões em negociar no ensino superior.
Quase 1 ano depois, em muitos lugares, a situação permanece. Caso emblemático é o do estado de São Paulo, onde o sindicato patronal questionou no STF (Supremo Tribunal Federal) o julgamento do dissídio de greve ajuizado pelas entidades que representam os trabalhadores, depois de longa tentativa infrutífera de negociação.
Desde o ano passado, e até mesmo antes disso, os relatos que chegam à Contee comprovam o conluio das empresas de educação, comandado, sobretudo, pelas que têm capital aberto. E confirmam também a necessidade de, em resposta, as entidades dos trabalhadores igualmente organizarem nacionalmente parte das negociações, para enfrentar os grandes grupos econômicos.
“Ações nacionais”
Lembrando as palavras do coordenador-geral da Confederação, Gilson Reis, “essa situação de vários sindicatos negociando com as mesmas empresas em todo o País está superada historicamente”. Para ele, “diante do capital concentrado nacionalmente, precisamos ter ações nacionais, cada vez mais necessárias”, reiterando que “esse debate não é para reduzir nenhuma convenção coletiva, mas para ampliar direitos”.
Para tanto, o papel da Contee é fundamental. É por isso que negociação coletiva, rumo ao contrato nacional, é o tema do terceiro e último ciclo de debates do Seminário Contee/CES, que ocorre nesta quinta-feira (27), a partir das 18h, pela plataforma Zoom.
O debate, que também vai ser transmitido pela TV Contee, vai contar com a presença do consultor jurídico da Contee, José Geraldo de Santana Oliveira, e da professora Graça Sousa, coordenadora dos trabalhadores para o setor de ensino privado e cooperativo da Fenprof (Federação Nacional dos Professores de Portugal).
A dirigente portuguesa trará a experiência do país europeu, onde as negociações são nacionais.
Táscia Souza