Seminário do MEC debate benefícios do tempo integral

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Na abertura do “Seminário Interministerial sobre Educação em Tempo Integral – Desenvolvendo uma Educação Integral para Todos”, realizada nessa terça-feira, 9 de abril, especialistas debateram os benefícios da ampliação de jornada escolar. O encontro, que acontece até esta quarta-feira (10), é fechado para convidados e o público geral pode acompanhar as discussões pela transmissão ao vivo no canal do YouTube do Ministério da Educação (MEC).

O seminário é realizado pelo MEC, por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), juntamente com o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi). Além do Brasil, o evento reúne oito países: Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Uruguai e Vietnã. O objetivo é promover o intercâmbio de conhecimentos e estratégias sobre a implementação da escola em tempo integral em diferentes nações do sul global. O seminário busca também fortalecer a discussão sobre a expansão da política de tempo integral no Brasil.

A secretária executiva do MEC, Izolda Cela, destacou que o tempo integral proporciona diversas possibilidades, como a recomposição das aprendizagens e o aprimoramento dos currículos. “As boas experiências de tempo integral têm tido repercussões muito positivas na melhoria da aprendizagem, na conclusão, na evitação de abandono. É uma possibilidade de mais tempo para ter qualificação do currículo, para recomposição das aprendizagens, e aqui tratamos de algo que foi muito afetado pela pandemia. Além disso, o tempo integral também auxilia a consolidação de competências, como de leitura crítica e do pensamento lógico-matemático. Então, são muitas questões importantes que o tempo ampliado na escola proporciona para que possamos ter, ao final, a entrega de uma formação considerada integral”, afirmou Izolda Cela, que representou o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana.

A secretária executiva também enfatizou que o tempo integral possibilita o desenvolvimento de ações de iniciação científica, arte, esporte e de convivência. “Gostaria de enfatizar, de uma forma muito especial, as aprendizagens relacionadas ao bem viver. A escola pode ser, sim, um espaço muito importante para contribuir com a sociedade acerca da melhoria da qualidade das relações humanas”, declarou.

Já o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica da SEB, Alexsandro Santos – representando a secretária da SEB, Kátia Schweickardt –, pontuou a importância do diálogo para uma educação cada vez mais democrática. Segundo ele, a construção da política de educação integral no Brasil, bem como da Lei nº 14.640/2023 e de outros normativos, aconteceu com a participação intensa das redes municipais e estaduais. “Isso é muito importante em um país com as nossas dimensões, com as nossas desigualdades e com o nosso modelo federativo. Por isso que o desenho de qualquer política de educação básica precisa partir das necessidades, das características, dos anseios e das expectativas dos municípios, estados e do Distrito Federal. Não adianta o MEC desenvolver uma política sem travar esse diálogo, porque ela não será efetiva e não alcançará cada criança, cada jovem, cada adolescente brasileiro”, afirmou.

Alexsandro Santos também destacou o diálogo do MEC com as universidades, que, segundo ele, são um espaço de produção de conhecimento, de políticaeducacional e produção de conhecimento sobre formação de professores. “As universidades estão conosco nesse programa, cinco delas atuam direto na formação de secretários de Educação. Nós acreditamos na potência dessa interação do Ministério da Educação e a universidade, desde que ela esteja orientada para garantir a melhoria dos resultados da aprendizagem. Se a aposta for na melhoria da qualidade e dos resultados da aprendizagem, nós queremos dialogar com todo mundo”, finalizou.

Participantes – Além dos representantes do MEC, também participaram da cerimônia de abertura do seminário: Morgan Doyle, representante do BID no Brasil; Jaime Saavedra, diretor Regional em Desenvolvimento Humano para América Latina e Caribe no Brasil; e Wisley Pereira, superintendente de Educação do Sesi.

Programação – As atividades de quarta-feira (10) contarão com os painéis de tema “Equidade na alocação das matrículas e estratégias para a permanência dos alunos”; “Elaboração do currículo e cronograma das aulas: mudanças e aprendizados”; “Seleção, concurso e formação de professores, alimentação escolar e transporte: impactos no orçamento”; e “Seleção de escolas e reorganização da capacidade instalada: investimentos em infraestrutura escolar”. Experiências nacionais e internacionais serão debatidas em todos os painéis. As atividades começam às 9h e vão até as 18h. Os painéis podem ser acompanhados ao vivo pelo canal do MEC no YouTube:

Da Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da SEB e da Secretaria Executiva

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