Sinpro Campinas e Região: Colégio Drummond fecha e não comunica professores

No dia 25, o Sinpro Campinas realizou assembleia com os professores do Colégio Drummond para tratar sobre o movimento grevista e sobre o fechamento da escola.

O Sindicato e o corpo docente da instituição somente ficaram sabendo do encerramento das atividades do colégio através do comunicado encaminhado aos pais e da reportagem do jornal “O Liberal”. Não houve nenhum comunicado oficial por parte da administração da escola sobre a atual situação dos professores.

Na assembleia, os professores se mostraram preocupados com o fechamento da escola e a falta de diálogo por parte da administração do colégio.

O departamento jurídico do Sindicato encaminhou notificação à escola para exigir esclarecimentos sobre o fechamento da instituição e solicitar informações sobre o cronograma de anotações na carteira de trabalho, a quitação de salário e férias, o depósito do FGTS, a quitação dos haveres rescisórios e a homologação dos termos de rescisão de contrato dos docentes. A instituição tem até o dia 07 de outubro para regularizar as questões. Se não houver resposta da escola, o Sindicato tomará medidas judiciais para a cobrança de direitos.

Já foi enviado aos professores um e-mail com os documentos necessários para cobrança das verbas rescisórias, caso não haja resposta da escola.

Os professores continuam mobilizados e em assembleia permanente.

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Nós, professores do Colégio Drummond, esclarecemos, por meio deste documento, a nossa atual situação perante o fechamento da instituição.

As declarações da representante do departamento financeiro do colégio, Sra. Juliana Patrícia Ricardo Zutin, ao jornal “O Liberal”, assim como as informações do comunicado enviado aos pais sobre o fechamento da escola em relação ao corpo docente da instituição não são verdadeiras.

Segundo a reportagem, Juliana atribui o fechamento da escola à greve e às nossas faltas. Afirmamos que todas as ausências dos professores foram justificadas e devidamente repostas, sem prejuízo aos estudantes. Apesar de todos os problemas provocados pela administração, nós mantivemos a alta qualidade de ensino e o compromisso pedagógico com os alunos.

A greve, que é um direito de qualquer trabalhador, decorreu do constante desrespeito de direitos trabalhistas por parte da instituição e falta de condições dignas de trabalho.Todos sabemos que os problemas do colégio antecedem o movimento grevista.

Além dos corriqueiros atrasos de salário que têm gerado transtornos em nossas vidas pessoais, a escola, sem preocupação nenhuma com a qualidade de vida e de trabalho de seus profissionais, também não pagou o abono de ⅓ das férias e não faz, há algum tempo, o depósito correto do FGTS e do INSS. Alguns professores ainda estão sem receber o salário relativo ao mês de agosto.

A representante do departamento financeiro também afirmou que, em reunião, havia nos avisado do fechamento da escola e nós havíamos pedido para que as aulas continuassem até o final do ano. O encontro de fato aconteceu, no dia 31 de julho, durante planejamento de volta às aulas, quando Juliana expôs sua intenção de encerrar as atividades da instituição devido às dificuldades financeiras; porém seu pai, proprietário da escola, teria sido contra. Continuamos trabalhando no Colégio, porém em nenhum momento abrimos mão dos nossos direitos.

É importante ressaltar que o fechamento da escola chegou ao nosso conhecimento pelo comunicado direcionado aos pais, o que enfatiza o desdém por parte da administração do colégio com seu corpo docente. A nós, não foi dada nenhuma explicação.

Por fim, esperamos a posição da administração da escola, que não está aberta para o diálogo desde o planejamento, no dia 31 de julho. Gostaríamos de ser respeitados como profissionais depois de termos dedicado nosso tempo e conhecimento nos empenhando em colaborar da melhor forma possível com o colégio. Lamentamos a situação e esperamos que a instituição cumpra com seus deveres, de acordo com a lei e com a Convenção Coletiva de Trabalho dos Professores.

Do Sinpro Campinas e Região

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