Sinpro Campinas e Região: Como ficam os professores da rede privada com a Reforma da Previdência?
Jair Bolsonaro e o seu Ministro da Economia, Paulo Guedes, já anunciaram em que a Reforma da Previdência é a prioridade do Governo. Atualmente, o projeto tramita na CCJ (Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça) da Câmara dos Deputados.
O movimento sindical defende que a “reforma” será totalmente prejudicial aos trabalhares e principalmente às trabalhadoras. Entre as injustiças que o projeto prevê, os professores e professoras perderão o direito da aposentadoria especial como é hoje. Entenda como ficará a aposentadoria dos professores da rede privada de ensino:
Professores que já estão trabalhando
Para os professores e professoras que já estão trabalhando, há regra de transição. Nesse caso, para professor que comprovar 25 anos de contribuição, se mulher, e 30, se homem, atuando na função de magistério — seja na educação infantil, no ensino fundamental ou no médio — o somatório entre idade e tempo de contribuição terá que ser equivalente a 81 pontos para mulheres e 91 pontos para homens.
Entretanto, a partir de 1º de janeiro de 2020, serão acrescentados 1 ponto a cada ano, para ambos os sexos, até atingir os limites de 95 pontos (mulher) e 100 pontos (homem).
O valor da aposentadoria será de 60% da média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações, com acréscimo de 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, até atingir o limite de 100%.
O governo também apresentou outras formas de transições. Essas e outras propostas serão apresentadas aos docentes pelo diretor do departamento de previdência do Sinpro Campinas e região, Valdemir Gori, no próximo sábado, dia 06, às 9h, na sede do Sindicato.
Professores que ingressarem após a reforma
Professores e professoras poderão se aposentar com 60 anos de idade, desde que comprovem 30 anos de contribuição atuando exclusivamente na função de magistério.
O valor das aposentadorias corresponderá a 60% da média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações, com acréscimo de 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, até atingir o limite de 100%. Ou seja, para atingir o teto do benefício os docentes terão que trabalhar por 40 anos.
Professores da Educação Superior
A reforma acaba com o bônus que era dado aos professores universitários que trabalharam até 1998, de 20% para mulheres e 17% paras homens.
Roda de Conversa
O Sindicato dos Professores de Campinas e região, com o intuito de informar a categoria sobre a “reforma”, está produzindo materiais sobre o que pretende a PEC 06/2019 e quais os impactos ela trará para a vida do trabalhador, especialmente dos professores e das professoras.
No dia 06 de abril, o diretor do Departamento de Previdência Sinpro, professor Valdemir Gori, fará uma roda de conversa para explicar o projeto e tirar dúvidas para que a categoria possa se organizar para barrar esse grande retrocesso. O evento acontece na sede do Sinpro, em Campinas, às 9h e é aberto e gratuito.