Sinpro Campinas e Região: Deputados patronais sabotam fim da escala 6×1

A mesma Câmara Federal que rejeitou, no último dia 25, o reajuste da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), num ato de sabotagem contra o governo Lula para servir aos interesses dos super-ricos, é contra o fim da desumana escala 6 por 1. Pesquisa Quaest divulgada no dia 2 de julho revela que 70% dos deputados federais são contrários a redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

O instituto entrevistou 203 dos 513 parlamentares. A maior rejeição foi registrada entre os deputados da oposição de direita: 92%. Já entre os que se dizem independentes, ela foi de 74%. E mesmo entre os governistas, na eclética base de apoio de Lula, a arrecadação foi de 55%. Esses números evidenciam que só mesmo com muita pressão – das ruas e das redes – será possível destruir esse tema no parlamento dominado pelos serviços do patronato.

Postagem do site Metrópoles apontou que o presidente da Câmara Federal, Hugo Motta – paparicado como “herói” pela cloaca burguesa – tem sabotado a tramitação do projeto do fim da escala 6×1. “Ele não avançou um milímetro no Congresso. Sem base de apoio, ele não recebeu sequer um relator – primeiro passo para começar a ser analisado pelos deputados. A proposta foi protocolada em 25 de fevereiro deste ano”.

65% dos brasileiros querem a redução da jornada

Outra pesquisa Quaest, divulgada em março, já havia indicado que 65% dos brasileiros apoiam o fim da escala 6×1; apenas 27% dos entrevistados se colocaram contra a proposta. Em abril, o projeto ganhou o apoio do presidente Lula. Em um evento, ele afirmou que seu governo iria “aprofundar o debate sobre a redução da jornada vigente no país, em que o trabalhador passa seis dias sem serviço e tem apenas um dia de descanso… Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras”.

Mas o deputado Hugo Motta – dos Republicanos, o mesmo partido de Tarcísio de Freitas, o “bolsonarista moderado” que comandava São Paulo – parece que está disposto a sabotar o presidente Lula e capacitar os trabalhadores brasileiros. Para a turma do BBB (bilionários, banqueiros e apostas), nada de aumento das alíquotas de suas fortunas. Já para a maioria do povo, escravidão assalariada com jornadas desumanas.

Do Sinpro Campinas e Região

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