Sinpro Campinas e Região: Sindicato recebe estudantes de Pedagogia para roda de conversas
O Sinpro Campinas e Região recebeu, na manhã de ontem (20), um grupo de dez estudantes da Faculdade de Pedagogia da PUC-Campinas. Acompanhados da professora Fernanda Furtado Camargo, as jovens tiveram a oportunidade de conhecer a sede do Sindicato e aprender sobre o funcionamento de uma entidade classista.
Na recepção aos estudantes estiveram presentes a presidenta do Sinpro, Conceição Fornasari, a diretora do departamento de cultura, Maria Clotilde Lemos Petta, o diretor executivo, Lourival Fante Júnior, e o assessor de comunicação, Bruno Ribeiro. Eles falaram sobre os desafios e atribuições de seu trabalho junto ao movimento sindical.
Conceição Fornasari explicou aos visitantes sobre o papel desempenhado pelo Sindicato na defesa dos direitos dos professores, sobretudo na questão salarial, mas frisou que a luta da entidade vai além disso: “Nós também temos uma forte atuação política e estamos presentes nos atos e ações pela democracia, por exemplo. Isso porque entendemos que sem democracia não há a possibilidade de haver uma educação plural e acessível, que respeite a diversidade brasileira e forme cidadãos conscientes”.
A presidenta do Sindicato lembrou ainda que, apesar de representar os docentes das escolas particulares, o Sinpro Campinas tem como bandeira a defesa da educação pública de qualidade: “Educação não é mercadoria. Esse é o lema que pauta nossas ações. Já que a escola pública para todos e todas ainda está num horizonte distante, queremos a regulamentação do ensino privado.”, disse.
O diretor executivo Lorival Fante Júnior ressaltou a importância da contribuição sindical para o fortalecimento da entidade na mesa de negociações com os patrões: “A partir do governo Temer, o movimento sindical passou a ser estrangulado por medidas que reduziram drasticamente a fonte de financiamento dos sindicatos. No nosso caso não foi diferente”.
Ele explicou que os serviços oferecidos pelo Sindicato – como os convênios e a assessoria jurídica a professores vítimas de alguma ilegalidade no ambiente de trabalho – dependem de recursos financeiros, bem como a manutenção da sede: “Os diretores são quase voluntários, pois hoje recebemos apenas ajudas de custo. Infelizmente, a máquina de propaganda contra o movimento sindical é muito eficaz e faz com que muitos professores deixem de contribuir com o sindicato por ter uma ideia negativa ou desconhecer o nosso trabalho”, afirmou.
Na mesma linha, a diretora de cultura, Maria Clotilde Lemos Petta, informou que o Sindicato é pago para se colocar na linha de frente em situações que exigem ações políticas ou jurídicas contra as instituições de ensino: “Sabemos que professores podem sofrer perseguições da escola se dão a cara a tapa ou partem para ações individuais visando reparar alguma injustiça. É para isso que existimos: para lutar pelo professor em seu lugar e garantir que ele não seja prejudicado”.
Ela citou também que o Sinpro disponibiliza um canal direto com seu departamento jurídico: “O docente que se sentir prejudicado no trabalho pode e deve entrar em contato com a gente. O Sindicato assegura sigilo absoluto a quem fizer a denúncia e tomará as medidas cabíveis”, disse.
Por fim, o jornalista Bruno Ribeiro, assessor do Sinpro Campinas, recomendou que as estudantes acessem o site da entidade para falar diretamente com os departamentos responsáveis e acompanhem as redes sociais para se manter informadas sobre as atividades do Sindicato: “A imprensa tradicional forma uma visão contrária ao sindicalismo, por isso temos a necessidade de manter espaços virtuais com informações seguras e sempre atualizadas”, afirmou.
Após as explanações, o grupo foi convidado para uma confraternização com café e bolo e pode conhecer a Biblioteca “Prof. Paulo Cosiuc” do Sinpro Campinas. Para a professora Fernanda Furtado, responsável pela turma, a visita foi “muito proveitosa” e serviu para “abrir a mente das alunas – e futuras professoras – para a importância de se sindicalizar e lutar por seus direitos”.
O Sinpro Campinas e Região está aberto a receber visitas de grupos de estudantes e professores que queiram conhecer a sede do Sindicato e saber mais sobre os serviços prestados pela entidade. Agendamentos podem ser feitos pelo telefone (19) 3256-5022.