Sinpro Campinas: Professores do Sesi/Senai vão parar em protesto no dia 22

No dia da paralisação haverá assembleia às 14 horas na sede do Sinpro Campinas.

Os professores do Sesi e Senai de Campinas, Americana, Amparo, Araras, Limeira, Mogi Mirim, Piracicaba e Santa Bárbara d’Oeste não trabalharão no dia 22 de março, próxima quinta-feira. O dia será de protesto e paralisação e será acompanhado de assembleia da categoria, às 14 horas, no Sinpro Campinas, para debater e votar a contraproposta da Fiesp, representante patronal do Sesi e Senai, relativa ao reajuste salarial para 2012.

A paralisação vai envolver outras cidades como São Paulo e tem como objetivo pressionar a Fiesp a negociar melhores salários e condições de trabalho para os professores e professoras. A decisão foi tomada durante a assembleia da Campanha Salarial ocorrida nesta quinta-feira, dia 15, na sede do Sinpro em Campinas e também nas Subsedes de Piracicaba, Limeira, Americana/Santa Bárbara d’Oeste, com a presença de mais de 200 professores. A proposta foi aprovada pela maioria dos professores, que entenderam a importância do movimento ocorrer na base territorial do Sindicato. Um indicativo tirado da assembleia é de que haja uma manifestação de caráter estadual, coordenada pela Fepesp, em frente à sede da Fiesp, em São Paulo.

Outras decisões tiradas da assembleia e relacionadas à mobilização foram denunciar à sociedade o descaso do Sesi e Senai com o professor e com a qualidade da educação. Para isso serão usados comunicados na imprensa escrita, panfletagem nas escolas para esclarecer pais e alunos e uma possível manifestação em frente à Fiesp.

Negociação

A proposta econômica da Fiesp de reajuste de 7% foi rejeitada por unanimidade. Os professores querem a média dos índices inflacionários, mais aumento real, totalizando um reajuste de 10%, como forma de valorização dos docentes, muito cobrados, sobrecarregados de trabalho extra-classe e constantemente pressionados por cumprir metas de qualidade, como ISO.

Insatisfação

O tom da assembleia foi de indignação para a proposta considerada muito abaixo dos 10% de reajuste pleiteados. Os professores relataram problemas como exigência cada vez maior do trabalho além da jornada, classes lotadas e cobrança excessiva dos superiores por resultados, comparando a educação a produtos comercializados e professores, à máquinas que precisam aumentar a produtividade.

O presidente do Sinpro Cláudio Jorge, ressaltou a importância da mobilização dos professores, que deverão convencer os demais colegas a não trabalharem no dia 22. Conceição Fornasari, vice-presidente do Sinpro e diretora da Subsede de Americana, lembrou da Campanha Nacional levada pela Contee neste ano com o tema “Tem Algo errado no Ensino Privado” e pediu que os professores levem esta bandeira para suas unidades, fazendo a reflexão junto aos alunos e seus pais.

Moção de apoio

A assembléia dos professores, atenta às questões nacionais, aprovou uma moção de apoio à greve dos professores da rede estadual, que acontece até esta sexta-feira, em defesa do cumprimento do Piso Salarial do Magistério. O diretor do Sinpro Paulo Nobre, representante da CTB-SP, falou do ato programado para esta sexta-feira, dia 16, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, e do histórico de confrontos que têm marcado estas manifestações.

Fonte: Sinpro Campinas

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