Sinpro/Caxias: Vacinação de professores, bandeira preta e incertezas
A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aprovou na sessão do dia 4 de março, por unanimidade, uma moção de apoio à antecipação da vacinação de professores contra o coronavírus. Os demais profissionais da educação também foram incluídos. A moção é importante para pressionar o governo diante do tema.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia vetado trecho da Medida Provisória 1.003/20 que incluía os professores (e funcionários de escolas) entre os grupos prioritários da vacinação, mas voltou atrás. Em uma manifestação em ação jurídica do partido Rede Sustentabilidade que exige detalhamento e prioridades do plano de vacinação, o governo informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que incluiu os profissionais da educação entre os prioritários. Porém, nenhum documento aponta em qual etapa se daria a vacinação e o assunto está confuso.
No dia 2 de março, o governador Eduardo Leite (PSDB), o presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB) e a presidente do CPERS, Helenir Schurer protagonizaram um ato pedindo a antecipação da imunização dos profissionais da educação contra a Covid-19.
Vacinação de professores pelo mundo
No Chile, a vacinação de professores iniciou na metade de fevereiro, para viabilizar o início das aulas em março.
O presidente dos EUA pediu que os estados priorizem a vacinação de professores para garantir que as crianças possam voltar às aulas mais rapidamente e com segurança. Ele espera que os educadores recebam pelo menos uma dose até o fim do mês de março.
O Uruguai já abriu inscrição para a vacinação de professores. E a Itália está vacinando docentes desde o início de fevereiro.
Bandeira preta até o dia 21
O Rio Grande do Sul permanece na vigência de “bandeira preta” até o dia 21 de março, sem possibilidade de cogestão dos municípios, conforme anúncio do governador na sexta-feira (05/03). Segundo Eduardo Leite, a medida foi tomada com base na situação atual do RS e também na experiência de outros países, que prevê um período de pelo menos três semanas de isolamento social mais drástico para que se consiga achatar a curva de contágio. Neste cenário, todas as aulas presenciais estão suspensas. Aquelas excetuadas pelo governo estadual (educação infantil, 1º e 2º anos do fundamental), também estão suspensas por decisão judicial.