Sinpro-JF: Em defesa da CCT, professores da Rede Particular farão assembleia no dia 13

Muito antes da aprovação da reforma trabalhista, que ocorreu no final de 2017, o Sinpro-JF já alertava a categoria sobre as consequências dessa medida para os trabalhadores. A reforma não gerou postos de trabalho, como afirmava a propaganda oficial do governo golpista de Temer. As alterações na legislação trabalhista serviram apenas para precarizar os empregos já existentes e ampliar o desemprego.

Professores dos estabelecimentos privados de ensino são também alvos da reforma. As convenções coletivas de trabalho (CCTs), que abarcam direitos fundamentais para a categoria, como adicional por atividade extraclasse e bolsas de estudo, podem ser mutiladas pelas brechas abertas na nova legislação. Lembrando que a reforma afronta a Constituição e acordos e pactos internacionais dos quais o Brasil é signatário.

Conscientes, professores deram exemplo de resistência. Nas campanhas salariais do Sinpro-MG e do Sinpro-SP, os trabalhadores protagonizaram potentes manifestações no primeiro semestre de 2018. A luta garantiu a renovação das convenções. No caso mineiro, os professores fizeram 10 dias de greve. Além de assegurarem os direitos contidos na convenção, os profissionais garantiram que a homologação das rescisões contratuais permanecesse sendo feita no sindicato. Retirar a homologação do sindicato, deixando o trabalhador à mercê do patrão em um dos momentos mais vulneráveis de sua vida profissional, é um dos vários absurdos da reforma.

Não há dúvidas de que a anulação da reforma deve ser uma luta central para todos os trabalhadores. Do contrário, nossas convenções estarão sempre sob ataque!

EXPANSÃO DO CAPITAL ESTRANGEIRO  NA EDUCAÇÃO PRIVADA

A situação fica mais grave com a expansão do capital estrangeiro na educação privada. A Kroton Educacional – que recentemente adquiriu o Grupo Somos (ex Abril Educação) – é exemplo de gigantismo, consolidando-se como um dos maiores conglomerados do ramo no mundo. Grandes fundos de investimentos estrangeiros estão presentes na Kroton. São  investidores que pouco se importam com o que ocorre em sala de aula. Maximizar lucros, para esse segmento, significa prejuízo para a qualidade de ensino e corte de direitos dos trabalhadores. Educação não é mercadoria!

É HORA DE MOBILIZAÇÃO!!

Diante desse cenário, o Sinpro-JF insiste: é preciso que os professores participem das mobilizações e decidam todos os passos da luta em defesa da nossa convenção! O sindicato convoca para assembleia, com liberação, que ocorrerá no dia 13 de setembro, quinta-feira, no Ritz Hotel, em dois horários: 10h30 e 17h.

A liberação dos professores é também uma conquista garantida pela nossa convenção. A cláusula 73º permite ao trabalhador ausentar-se, em dois dias por ano, para participar de assembleia, sem prejuízo na remuneração. Os profissionais do turno matutino devem ser liberados a partir das 10h. Já os professores que atuam no turno noturno devem retornar ao trabalho às 20h30.

Do Sinpro/JF

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