Sinpro-JF: Juntos pelo retorno seguro
Como o sindicato vem afirmando desde o ano passado, o retorno das aulas presenciais é necessário e urgente. Mas também precisa ocorrer com segurança sanitária.
No primeiro semestre de 2021, houve quem defendesse uma retomada imediata, sem calcular as consequências dessa decisão naquele momento da pandemia. Nós alertamos a respeito do que havia acabado de acontecer no estado do Amazonas em decorrência da circulação de uma variante mais transmissível do coronavírus. O grupo que defendia a reabertura instantânea precisou recuar diante da tragédia que ocorreu nos meses de março e de abril em todo o país.
Agora, o Sinpro-JF chama a atenção da comunidade escolar para a importância da adoção de protocolos rígidos para o retorno das aulas presenciais. A pandemia ainda não foi vencida, portanto, todas as iniciativas para a proteção da comunidade escolar são fundamentais, além de estratégicas para o controle da transmissão viral no município.
Um estudo realizado pelo projeto ModCovid19, que conta com a contribuição de vários pesquisadores brasileiros, foi recentemente veiculado pelo Jornal da USP e repercutido pela Folha de São Paulo. De acordo com os cientistas, existem medidas muito eficazes para diminuir o risco de infeção no retorno às aulas, mas não apenas uma – e sim a sobreposição delas.
Os pesquisadores destacaram que a transmissão ocorre PREDOMINANTEMENTE pelo ar. O mau uso da máscara por professores, estudantes e funcionários, somado à ausência de qualquer outra regra de biossegurança, pode elevar o risco de transmissão a 1000%.
Já a utilização de máscaras PFF2 pelos professores; a boa circulação de ar nas salas de aula; o rodízio de alunos em grupos alternados, a fim de garantir o distanciamento necessário e evitar interação de maior grupo de pessoas; a notificação, rastreamento e monitoramento de casos reduz o risco a 10%.
A garantia de máscaras PFF2 para os professores, por exemplo, como revelou a pesquisa, tem papel fundamental. Além de estarem mais expostos, os profissionais, em suas aulas expositivas, falam mais e mais alto, dispersando partículas com mais amplitude.
Unida, a comunidade escolar pode fortalecer a luta por um retorno seguro!