Sinpro-JF: Por unanimidade, Magistério rejeita propostas da PJF e aprova nova assembleia com paralisação e indicativo de greve

A paralisação de quinta-feira (7/4) contou com a adesão de 94% do Magistério Municipal! Em assembleia, realizada no Real Grandeza, a categoria rejeitou, por unanimidade, as duas propostas apresentadas pela prefeitura e votou pela manutenção do indicativo de greve. Os educadores seguiram em passeata, após a assembleia, até a Secretaria de Educação (SE), e reafirmaram sua reivindicação: reajuste de 33,24% do Piso Nacional para todos e nenhum direito a menos!

As duas propostas da PJF dividem a categoria, conduta repudiada por todos os participantes da assembleia que reforçaram a importância da nossa unidade.

“Ambas afrontam o nosso princípio básico: a aplicação, de forma linear, do índice garantido pelo Piso Nacional. Nós estamos lutando há anos. Nós temos clareza que esse é o instrumento mais importante para a valorização do nosso trabalho. Voltaremos à mesa de negociação com a prefeitura e apresentaremos a nossa contraposta, aprovada pela categoria”, afirmou Lúcia Lacerda, coordenadora geral do Sinpro-JF.

Uma nova assembleia, com paralisação, foi marcada para o dia 19 de abril, terça-feira. Nos próximos dias, o sindicato se reunirá, novamente, com a PJF.

ENTENDA OS PREJUÍZOS DAS  PROPOSTAS APRESENTADAS PELA PJF

PROPOSTA A

Fica garantido o reajuste de 33,24% para todos os educadores, ativos e aposentados. Mas a “Proposta A” extingue o adicional de reunião pedagógica, o adicional de 20% da Lei Orgânica, referente à atuação com estudantes com deficiência, a ACVM e o AIM. Para muitos educadores, será “trocar cebolas”.

PROPOSTA B

A “Proposta B”, apesar de manter todos os direitos do Magistério, cria um adicional mensal de R$ 958,78 para os educadores que estão na ativa, discriminando os aposentados, que só receberiam a correção inflacionária de 10,06%.

O sindicato alerta também que adicional não é salário! Os educadores sequer contarão com o valor quando se aposentarem. Sobre esse adicional, não incidem os percentuais de reunião pedagógica, Lei Orgânica, triênios, formação, zona rural e direção escolar. Portanto, a tabela divulgada pela prefeitura em suas redes sociais é ilusória, criando a falsa ideia de que o adicional seria incorporado às remunerações.

Além disso, ao conceder o adicional, na prática, a prefeitura está implementando reajustes diferentes para cada faixa da carreira. A concessão de reajustes diferentes foi duramente combatida pelo Magistério nos últimos anos, enquanto vigorava o artigo 9º da Lei 13012, revogado pela prefeita Margarida. O Magistério não admitirá retrocessos!

REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO

A prefeitura afirmou que concederá a correção inflacionária de 10,6% a todos os servidores municipais em maio, incluindo os educadores. Contudo, o Magistério receberá o percentual como forma de antecipação, pois o processo de negociação do reajuste específico da Educação segue em andamento. O índice, que tem como base o INPC, é retroativo à data-base de todas as categorias, 1º de janeiro. A retroatividade será quitada de forma escalonada. A diferença em relação a janeiro será paga no salário de maio, enquanto que o percentual sobre fevereiro vai ser quitado no pagamento de junho e o de março na folha de julho.

Do Sinpro-JF

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