Sinpro-JF: Rede Particular aprova Greve Geral no dia 28
Os professores da Rede Particular deram mais um exemplo de firmeza na luta contra o desmonte da Previdência e contra a destruição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Na assembleia do dia 20, a categoria deliberou, por unanimidade, pela adesão à Greve Geral no dia 28 de abril. Os trabalhadores vão fortalecer o ato público, marcado para 9h, na Praça da Estação.
Outras categorias, que integram a frente única organizada pelo Fórum Sindical e Popular, já definiram pela suspensão das atividades. Entre os segmentos que vão aderir ao movimento nacional, estão os trabalhadores do transporte público, servidores municipais, bancários, metalúrgicos e educadores de todas as redes.
Convocada pelas centrais sindicais brasileiras, a Greve Geral de 28 de abril será maior do que a paralisação realizada pelos trabalhadores em 15 de março.
“A participação dos professores da Rede Particular foi grandiosa no dia 15 de março. As principais escolas privadas da cidade não funcionaram. Estamos agora nos preparando para o dia 28”, explica Cida Oliveira, coordenadora geral do Sinpro-JF.
Um golpe atrás do outro
Os professores repudiaram a manobra feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na noite de ontem, para que fosse aprovado o requerimento de urgência para a apreciação do projeto de lei que trata da reforma trabalhista.
Maia havia sido derrotado no dia anterior. Porém, nos moldes das manobras praticadas pelo seu antecessor, Eduardo Cunha, o deputado repetiu a votação até que seus aliados conseguissem a vitória no plenário. Com isso a reforma trabalhista deve ser votada já na próxima semana.
O projeto é um desastre total para a classe trabalhadora. A reforma enfraquece a Justiça do Trabalho; aumenta a jornada de trabalho; rasga direitos, como férias e intervalo para repouso e alimentação; possibilita que a negociação coletiva retire direitos garantidos por lei; promove a substituição de empregos diretos e com contratos por tempo indeterminado por empregos precários, temporários, intermitentes, a tempo parcial e terceirizados; mina as organizações para a luta e a resistência dos trabalhadores.