Sinpro-JF: Sindicato reúne educadores do setor privado e da rede municipal

Na segunda semana de agosto, o sindicato organizou dois importantes encontros virtuais de sua base. Confira o que foi discutido nas reuniões:

SETOR PRIVADO

No dia 8, o Sinpro-JF reuniu professores do setor privado para o debate das pautas que afligem a categoria desde o início da pandemia.

O sindicato fez uma avaliação do impacto das medidas provisórias 927 e 936, implementadas pelo governo Bolsonaro, que possibilitaram, entre outros absurdos, a antecipação de férias e o acordo individual para redução salarial.

Desde então, o Sinpro-JF tem feito um enorme esforço para abrir negociação coletiva com escolas que suspenderam contratos ou reduziram salários. O sindicato tem reivindicado que patrões paguem diferenças salariais, caso o professor tenha perda salarial, continuem com o depósito do FGTS e se comprometam com a garantia de estabilidade desses profissionais.

A sobrecarga de trabalho, decorrente do trabalho remoto, tema de live transmitida pelo sindicato com a participação da professora Elita Martins, que conduz pesquisa sobre o assunto na UFJF, também foi abordada na reunião. O sindicato reforçou a orientação aos trabalhadores para que as jornadas de trabalho sejam respeitadas, conforme, inclusive, está claro em recomendação assinada pelo Sinpro-JF e pelo Sinepe, entidade que representa os estabelecimentos privados de ensino.

O sindicato também relatou o andamento das negociações, com perspectivas positivas, com o Sinepe, entidade patronal, sobre a unificação de períodos de recesso e férias.

Muitos estabelecimentos anteciparam períodos de descanso, prejudicando a maioria dos trabalhadores que exercem atividades em instituições diferentes.

O Sinpro-JF, respondendo a uma das maiores inquietações que rondam os profissionais, informou que, de acordo com o Sinepe, não há previsão para o retorno das aulas presenciais.

Para o Sinpro-JF qualquer pressão nesse sentido é absolutamente irresponsável neste contexto em que o país contabiliza mais de 100 mil mortes por coronavírus, quadro agravado pela irresponsabilidade do governo Bolsonaro.

REDE MUNICIPAL

Já na rede municipal, houve duas reuniões virtuais, nos dias 13 e 14.

O sindicato transmitiu à categoria informações sobre as eleições para as direções escolares, além de esclarecimentos sobre a portaria, publicada no início da semana passada pela Secretaria de Educação, que orienta o teletrabalho a partir de agosto.

Ambos os assuntos, na avaliação do sindicato, continuarão sendo tema nas próximas reuniões virtuais do Magistério.

O Sinpro-JF também informou que levou à SE a reivindicação da categoria pela continuidade do pagamento do adicional de reunião pedagógica, uma vez essa atividade foi retomada com o teletrabalho, com mais intensidade, ocorrendo, em vários casos, mais de uma vez ao dia, em diferentes dias.

Os educadores também avaliaram que é de fundamental importância o acerto do ACVM, que poderá auxiliar o profissional a implementar o teletrabalho, que gera custos para ocorrer.

A categoria também deliberou pela suspensão da greve em defesa da carreira, deflagrada no dia 11 de março e depois interrompida com o decreto que suspendeu as aulas presenciais na Rede Municipal.

Os trabalhadores entraram em greve para defender a manutenção dos direitos do Quadro de Carreira após a Prefeitura apresentar projeto de lei com grandes prejuízos aos educadores, atrelando sua aprovação à realização de concurso público.

A Administração não realiza concurso público há mais de dez anos, precarizando condições de trabalho e comprometendo a qualidade do ensino.

Após contato com o sindicato na manhã do dia 14, o presidente da Câmara assegurou aos educadores, mais uma vez, que não dará sequência a tramitação do projeto de lei da PJF sem que haja acordo com o magistério sobre o seu teor.

A partir do compromisso assumido pela Câmara, os educadores aprovaram a suspensão do movimento, monitorando todas as ações do Executivo e do Legislativo. Em caso de iniciativa que aponte para ataques a direitos, os educadores voltam a apreciar a retomada da greve.

Do Sinpro-JF

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