Sinpro Minas: Categoria rejeita proposta patronal e aprova estado de greve
Os professores e professoras das escolas particulares de Belo Horizonte e cidades de abrangência da CCT/MG (Convenção Coletiva de Trabalho) rejeitaram no sábado (6) a proposta do Sinepe/MG (Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais) de reajuste salarial.
A categoria também aprovou o estado de greve – um indicativo ao patronal de que, a qualquer momento, pode-se deflagar greve – a partir de segunda (8) e assembleia permanente com paralisação das atividades no dia 11, com assembleia às 10 horas.
“Os professores estão indignados com o desrespeito com que estão sendo tratados”, afirmou a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato. “Afinal, são três anos de desvalorização de nossa categoria, apesar dos aumentos constantes das mensalidades”.
A categoria, além de não ter aumento real, teve seu salário desvalorizado nos últimos anos. Os professores e professoras estão há anos sem ganho real. Em 2020, a reposição foi de 0% e, em 2021 e 2022, o reajuste não repôs nem a perda pela inflação. A defasagem salarial já se acumula em 20,01%.
Apesar da reivindicação dos trabalhadores ser de reparação das perdas pela inflação mais ganho real de 5% nos salários, o patronal ofereceu somente 4,36% de recomposição, dividido em duas vezes (abril e outubro). O índice ainda estaria condicionado à aceitação pela categoria de divisão da CCT e redução do adicional por tempo de serviço de 5% para 3%. Além disso, o Sinepe ainda exige o fim da isonomia salarial entre trabalhadores de uma mesma escola.
“Não vamos nos curvar ao desrespeito, os professores estão dispostos a garantir o que é deles por uma luta histórica e por valorização profissional e salarial”, diz Valéria. “O patronal vai na contramão do que está sendo discutido em âmbito nacional sobre direitos dos trabalhadores. Querem nos dividir e enfraquecer a categoria, mas não vão conseguir”.
A assembleia foi realizada de forma presencial na sede do Sinpro Minas.