Sinpro Minas: Nota ao Conselho Nacional de Educação
Ao Conselho Nacional de Educação
O Sinpro Minas, por meio de suas diretoras, participou nesta segunda (10/6) da abertura da Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Educação – Região Sudeste, em Belo Horizonte.
Para nossa surpresa, percebemos que entidades patronais de educação privada receberam um espaço de destaque, em detrimento das que representam os trabalhadores da Educação. Trata-se de uma postura que merece o nosso repúdio e afronta o espírito de diálogo da reunião. Essas entidades também patrocinaram o evento – possibilidade que não foi ofertada aos sindicatos de trabalhadores.
O texto de divulgação do evento diz que a reunião “busca fortalecer laços com instâncias educacionais locais e outros atores relevantes, visando elaborar políticas públicas mais eficazes e adaptadas às necessidades específicas da região”. Também fala que a abertura oficial contaria “com representantes de todos os segmentos educacionais, tanto do setor público quanto da rede privada”.
Se nós, trabalhadores, não fomos ao menos lembrados como dignos de representação, o que esperar das políticas públicas elaboradas às necessidades locais? Que respeito esperar ao ouvir a fala de que os professores “acham” cada vez mais e “sabem” cada vez menos?
Em Minas Gerais, as entidades patronais – as mesmas que foram privilegiadas no evento – desrespeitam e desvalorizam a cada ano os professores e professoras, retirando direitos e se recusando a recompor os salários.
Neste momento, enfrentamos uma batalha para fechar a Convenção Coletiva, e mesmo com salários bastante defasados, nos negam 4% de reajuste.
Perdemos também, assim como todas as entidades representantes dos trabalhadores em educação, nossa cadeira no Conselho Estadual de Educação. Isso, apesar de revoltante, é o que se espera em um governo que se recusa a dialogar com o trabalhador.
Não é a mesma atitude que esperávamos do Conselho Nacional de Educação, durante um governo progressista e democrático.
É nosso anseio que em breve seja sanada essa discrepância entre a representação de trabalhadores da educação e gestores, para que sigamos na construção de um diálogo democrático, inclusivo e com valorização dos trabalhadores.
Estamos à disposição para o diálogo.