Sinpro Minas: Sindicato condena perseguição a professora em escola particular de Divinópolis
O Sinpro Minas manifesta solidariedade à professora do colégio Integral, em Divinópolis, que foi vítima de falsas acusações nas redes sociais.
A docente teve sua aula on-line sobre linguagem neutra gravada sem qualquer permissão, e parte do conteúdo foi editado de forma descontextualizada e reproduzido na internet.
O vídeo divulgado foi alvo de ataques e comentários desrespeitosos, com a finalidade de desqualificar o trabalho da professora, acusada erroneamente de doutrinar os alunos e promover a “ideologia” de gênero.
Trata-se de uma prática ilegal e inadmissível, que merece o repúdio de todos que prezam por uma sociedade mais justa e por uma educação de qualidade, mais humana e acolhedora.
Aqueles que agiram dessa forma fazem parte de uma minúscula parcela da sociedade, habituada com a prática de produzir ou divulgar fake news. Querem, com isso, promover o ódio ao diferente, espalhar a mentira, distorcer a realidade e difamar reputações. No âmbito escolar, tentam também interferir na autonomia docente e intimidar o trabalho dos professores em sala de aula.
Vale lembrar que a abordagem do tema pela professora atendeu a um pedido dos próprios estudantes. Está em total consonância com as diretrizes curriculares nacionais e alinha-se com o que existe de mais preconizado em termos pedagógicos.
O que se propôs, na verdade, foi pensar a linguagem como prática social, a partir da perspectiva do respeito, da inserção do diferente, da valorização do outro e da promoção da diversidade – e por meio de visões distintas acerca do tema. Felizmente, a instituição de ensino e diversos pais e alunos se posicionaram a favor da docente e apoiaram a iniciativa dela.
Dessa forma, o Sinpro Minas reitera a solidariedade à professora que sofreu os ataques virtuais e as falsas acusações e reforça o repúdio a essa prática ilegal e lamentável de perseguição aos docentes. O sindicato, que jamais irá tolerar tais atitudes, também se coloca à disposição da categoria e ressalta que não medirá esforços para preservar os direitos e a autonomia docente no ambiente escolar.