Sinpro Minas: Sindicato entra com representação no MPT contra escolas por assédio
Na quinta-feira (26), o Sinpro Minas entrou com uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) contra cinco escolas (Colleguium, Santa Marcelina, Loyola, Arnaldo e Batista) pelas práticas de assédio aos professores, com o objetivo de impedir a adesão da categoria à paralisação das atividades de terça-feira.
No ofício, o sindicato denuncia as ações de intimidação das instituições de ensino. Em uma escola, um comunicado foi afixado no quadro de avisos, no qual pedia aos professores que informassem ao coordenador e ao supervisor, por meio de uma declaração de próprio punho, a decisão de aderir à paralisação.
Em outra, a coordenação fez contato telefônico com os docentes, exigindo deles uma manifestação expressa sobre a participação ou não na paralisação. Também houve instituições de ensino em que os professores foram chamados pela direção, que exigiu deles uma posição a respeito da adesão ao movimento.
“Ou seja, várias escolas, no desespero de tentar interferir e conter o movimento paredista, agiram de forma arbitrária e ilegal. Mas muitos outros atos de coação ocorreram, como por exemplo, a substituição de professores grevistas, o que demonstra o nível de abusividade e assédio que chegaram às instituições de ensino”, denuncia o Sinpro Minas, no documento protocolado no Ministério Público do Trabalho.
“São práticas ilegais, antissindicais, com a finalidade de pressionar os professores. Eles fazem isso porque sabem que a mobilização cresce a cada dia, da mesma forma que aumenta a insatisfação com a proposta patronal, que desvaloriza a profissão docente e precariza nossas conquistas. Apesar de toda essa pressão, a categoria tem resistido fortemente. E mais uma vez reitero aqui: denunciem as escolas que estão fazendo isso, porque o sindicato vai entrar na Justiça e assegurar o direito dos professores e professoras de lutarem por melhores condições de vida e trabalho”, afirmou Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas.