Sinpro Niterói: Nota em repúdio ao ataque do governo municipal de São Gonçalo aos profissionais de educação
A Diretoria Colegiada do Sindicato dos Professores de Niterói e Região, vem a público repudiar de forma veementemente os ataques sofridos pelos Profissionais de Educação de São Gonçalo, em uma sessão da Câmara de Vereadores ocorrida no dia 13 de dezembro de 2021.
Não foi por acaso, que justamente na reta final do ano letivo vigente, momento no qual os professores e a comunidade escolar se preparavam para encerrar as atividades, que o “pacote de maldade” foi apresentado para votação no Plenário da Câmara Municipal.
Nos últimos anos, os Profissionais da Educação enfrentaram várias dificuldades e obstáculos (recrudescimento da Covid-19, aulas remotas e híbridas, dificuldade de acesso à internet etc.), e receberam do Poder Executivo de São Gonçalo, como reconhecimento, esse “duro golpe” em relação ao Plano de Cargos e Salários, de forma covarde, sorrateira, excluindo direitos históricos conquistados por essa Categoria, representada pelo SEPE, através de muita luta e mobilização.
O momento hoje vivido por esses profissionais, se assemelha muito aos ataques sentidos pela Classe Trabalhadora deste país, intensificado a partir de 2016 e potencializado com as eleições de 2018.
Lamentavelmente, o que assistimos em São Gonçalo, reflete uma triste constatação observada e vivida por muito professores. O ataque contínuo e sistemático aos Profissionais da Educação parece fazer parte de uma política de desprezo ao papel do professor e da sua importância para o desenvolvimento do país.
Devemos ressaltar que essa supressão de direitos foi feita de forma “autocrática” se afastando do debate democrático com os trabalhadores da educação e impondo decisões unilaterais, caracterizando assim o arbítrio e o despreparo nas decisões que deveriam ocorrer em um amplo debate democrático, envolvendo diversos setores da educação e da sociedade gonçalense (SEPE, Associação de Pais, Associação de Moradores, Representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário).
Esperamos que os profissionais da educação, representados pelo SEPE e apoiados pela sociedade gonçalense, não esmoreçam na cobrança do Poder Executivo e na vigília ao Poder Judiciário quanto ao restabelecimento dos seus direitos.
Diretoria Colegiada